Política
PF atua contra quadrilha que trocava voto por exame médico no Ceará e prende candidato com R$ 30 mil em Rondônia
Corporação também faz operação para investigar suspeita de compra de votos na Bahia e em Goiás

A Polícia Federal prendeu quatro pessoas na última quinta-feira por suspeita de envolvimento em um esquema de compra de votos por meio de exames médicos no Ceará. Já em Rondônia, a corporação prendeu em flagrante um candidato que transportava R$ 30 mil em espécie que não estavam declarados à Justiça Eleitoral.
O candidato em questão foi abordado em uma ação de rotina da Polícia Militar em Nova Mamoré, interior do estado. A PF afirmou que, por se tratar de candidato com foro por prerrogativa, ele foi apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral. A omissão de recursos para fins eleitorais é chamado de "caixa 2", e é um crime que pode levar a cinco anos de prisão e multa.
No Ceará, os suspeitos prestaram depoimento e foram liberados após pagamento de fiança. "As investigações continuam, com o objetivo de identificar outros possíveis envolvidos e garantir a lisura do processo eleitoral", informou a PF.
A dois dias das eleições, a PF deflagrou ainda uma outra operação no Ceará nesta sexta-feira contra compra de votos e apreendeu R$ 600 mil com um suspeito. Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão.
"A investigação teve início após denúncias que revelaram a existência de um suposto esquema voltado para a compra de votos, envolvendo um grupo criminoso organizado. Esse grupo, composto por familiares e associados, estaria oferecendo vantagens materiais e financeiras, com indícios da utilização de recursos ilícitos oriundos de contratos fraudulentos com entes públicos, para financiar campanhas eleitorais", informou.
Na Bahia, a PF deflagrou também uma operação contra compra de votos nesta sexta-feira. Estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão na cidade de Caraíbas. A apuração foi iniciada após chegar à polícia um áudio no qual uma servidora do município oferece R$ 800 a um eleitor para que votasse em um candidato a prefeito.
"Nos áudios é possível ouvir que o acordo foi pagar o valor em duas parcelas de R$ 400. A suposta servidora da prefeitura ainda diz que, caso o eleitor soubesse de outras pessoas interessadas, também poderia indicar a ela. Os interlocutores comentam também sobre o fornecimento de combustível e pagamento de passagens para que eleitores residentes em outras cidades se dirijam até Caraíbas para votar", informou a PF.
Já em Goiás, a PF mira uma quadrilha suspeita de compra de voto com recursos públicos no interior, na cidade de São Simão. O grupo investigado estaria usando recursos para comprar combustíveis que seriam doados aos eleitores em benefício de um candidato.
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