Internacional
ONU: Brasil insiste em padrões mínimos de tributação global para reduzir desigualdade, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 24, que o Brasil insiste em padrões mínimos de tributação global para reduzir a desigualdade. As declarações do petista foram dadas durante a abertura do Debate Geral da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Ele também defendeu maior participação de países em desenvolvimento na direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial.
Em discurso, Lula disse que seu governo está construindo um Estado "sensível" às necessidades das pessoas mais vulneráveis sem abdicar de "fundamentos econômicos sadios".
"A falsa oposição entre Estado e mercado foi abandonada pelas nações desenvolvidas, que voltaram a praticar políticas industriais ativas e forte regulação da economia doméstica", declarou Lula. "As condições para acesso a recursos financeiros seguem proibitivas para a maioria dos países de renda média e baixa.O fardo da dívida limita o espaço fiscal para investir em saúde e educação, reduzir as desigualdades e enfrentar a mudança do clima", afirmou.
Esse cenário, segundo ele, é um Plano Marshall às avessas, em que os mais pobres financiam os mais ricos. Lula fez uma referência ao pacote dos Estados para a reconstrução de países aliados na Europa após a destruição causada pela Segunda Guerra Mundial.
"Sem maior participação dos países em desenvolvimento na direção do FMI e do Banco Mundial não haverá mudança efetiva", defendeu Lula.
"A fortuna dos cinco principais bilionários mais que dobrou desde o início desta década, ao passo que 60% da humanidade ficou mais pobre. Os super-ricos pagam proporcionalmente muito menos impostos do que a classe trabalhadora. Para corrigir essa anomalia, o Brasil tem insistido na cooperação internacional para desenvolver padrões mínimos de tributação global", emendou.
O presidente também criticou o que chamou de "consolidação de assimetrias" na área de inteligência artificial, que leva, segundo ele, a um "oligopólio do saber". O petista disse que a concentração de recursos em um pequeno número de pessoas e empresas avança.
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