Economia
Petróleo fecha em queda, sem que tensões no Oriente Médio ameacem oferta
mercado; petróleo

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira, 23, de olho em demanda global por petróleo, mesmo conforme as tensões no Oriente Médio caminham para uma possível escalada da guerra entre Israel e Hezbollah.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,89% (US$ 0,63), a US$ 70,37 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,65% (US$ 0,48), a US$ 73,21 o barril.
Pela manhã, os preços chegaram a subir, enquanto investidores ponderavam o ritmo do afrouxamento monetário dos Estados Unidos. Porém, após a divulgação dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) preliminares dos EUA em setembro, investidores aumentaram as apostas por um afrouxamento mais gradual dos juros, o que reduziu o apoio da política monetária americana ao preço do petróleo.
Hoje, pela manhã, Israel iniciou um bombardeio letal contra alvos do Hezbollah, no Líbano. Segundo as Forças Armadas Israelenses, houve mais de 800 alvos atingidos. Diante da ofensiva, os EUA enviaram tropas extras para Israel, dado o aumento das tensões, e pediu que cidadãos americanos deixem o Líbano imediatamente. Mesmo assim, os preços permaneceram sem grande suporte dos conflitos no Oriente Médio.
"Apesar dos riscos geopolíticos que sustentam os preços do petróleo, o mercado permanece cauteloso, pois o conflito no Oriente Médio ainda não impactou significativamente a oferta", diz Mazen Salhab, estrategista-chefe de mercado para o Oriente Médio e Norte da África na BDSwiss. Mesmo assim, o conflito permanece no radar de traders de petróleo.
Além disso, hoje o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou que países cuja economia é dependente da exportação de petróleo e gás natural precisam investir na diversificação econômica tão rápido quanto possível, dada a iminente desaceleração da demanda esperada para os próximos anos.
Na esteira das preocupações com a demanda, nessa madrugada o Banco do Povo da China (PBoC) cortou a taxa de recompra de 14 dias em 10 pontos-base, mas a Pantheon alerta que este movimento não significa um estímulo ao consumo e muito menos um novo ciclo de flexibilização monetária no país, por isso não deve respingar na demanda do país por commodities.
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