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Editoras celebram aumento de vendas no primeiro fim de semana da Bienal do Livro de São Paulo, em relação a 2022

Programação do evento segue até o dia 15, no Distrito Anhembi, na Zona Norte da capital paulista

Agência O Globo - 09/09/2024
Editoras celebram aumento de vendas no primeiro fim de semana da Bienal do Livro de São Paulo, em relação a 2022

No balanço do primeiro fim de semana da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, editoras celebraram aumento nas vendas em relação à última edição, em 2022. O evento, que começou na sexta-feira (6) e vai até o dia 15, no Distrito Anhembi, na Zona Norte da cidade, ocupa 75 mil metros quadrados em 13 espaços diferentes, onde são esperados 716 autores: 683 brasileiros (como Ana Paula Maia, Thalita Rebouças e Felipe Neto) e 33 estrangeiros, como o cubano Leonardo Padura, o americano Jeff Kinney (“Diário de um banana”) e 17 autores da Colômbia (país homenageado no evento).

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A Companhia das Letras comemorou seu melhor resultado na história do evento, no sábado (7).

— Foi o melhor dia de venda em Bienal na história da Companhia das Letras. É uma alegria para a gente ver esse espaço lotado de jovens leitores e isso mantém a nossa esperança em transformar o país através da leitura — comentou Mariana Zahar, diretora de operações da editora.

Outra empresa a comemorar os resultados do primeiro final de semana foi a HarperCollins Brasil, que nos primeiros três dias já garantiu metade do faturamento de toda a última edição do evento em 2022.

— Estamos com o maior estande da nossa história até o momento, com 400 m², e muito satisfeitos com a recepção dos leitores. Os ingressos esgotados de sábado e domingo foram uma confirmação do engajamento do público com o evento. A presença dos autores nacionais segue fazendo muita diferença. Podemos destacar os livros de Paola Aleksandra, Aione Simões, Waldson Souza e Fernanda Witwytzky, assim como a grande procura pela ficção cristã com as autoras Becca Mackenzie e Sara Gusella — elencou Daniela Kfuri, diretora de Marketing e Vendas do grupo. — Outro sucesso de vendas é a romantasia "O despertar da lua caída", publicada pela editora Harlequin, uma das maiores apostas do grupo neste ano. Os livros de J.R.R. Tolkien e do C.S. Lewis também mantiveram a tradição na lista de mais vendidos.

A Sextante também apontou um crescimento de 50% em relação a 2022, no melhor primeiro final de semana da história das participações da editora na Bienal. A Rocco apontou o sábado (7) como o de maior venda da editora em um único dia no evento, ultrapassando a venda total do primeiro final de semana da Bienal de 2022, com faturamento 52% acima do primeiro sábado da última edição.

A Record também já havia superado os resultados do primeiro final de semana de 2022 seis horas antes do encerramento do evento no domingo (8), com vendas puxadas principalmente por fenômenos literários como a americana Collen Hoover.

A Autêntica também apontou que os números do primeiro final de semana corroboram as expectativas de cresciemto em relação a 2022, com destaque para gêneros como o romantasia, e os livros de Stephanie Garber.

— As vendas registradas no primeiro final de semana dão mostras de que superaremos a meta de vendas de 25% de crescimento em comparação com a última Bienal — aposta Rejane Dias, diretora executiva do grupo.

A Cortez Editora também estimava uma base semelhante o aumento de vendas em relação à última edição do evento.

— Este primeiro final de semana nos leva a crer que vamos ultrapassar as vendas do primeiro final de semana da Bienal 2022. Com isso, provavelmente ultrapassaremos o aumento de 20% nas vendas que projetamos, algo realista e que esperamos ser possível de alcançar já que o mercado editorial ainda não se recuperou das crises anteriores — avaliou Elaine Nunes, diretora comercial da editora.