Firme na estratégia de colocar a segurança pública no centro do debate eleitoral carioca, o candidato Alexandre Ramagem (PL) vai veicular na TV um vídeo em que menciona o caso de Medellín, cidade colombiana sempre citada como referência de virada de chave no combate à violência. A peça será incluída no horário eleitoral gratuito a partir da próxima segunda-feira.

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“Talvez você tenha visto Narcos, uma série da Netflix sobre o Pablo Escobar, traficante mais perigoso da história. Medellín chegou a ser a capital mundial do tráfico e a cidade mais violenta do continente”, diz Ramagem na peça. “Em Medellín, quem tomou a iniciativa? O prefeito. Bem diferente do que acontece aqui no Rio.”

A tese defendida pelo candidato do PL na campanha é de que a prefeitura precisa ter protagonismo na segurança. Em resposta, o prefeito Eduardo Paes (PSD) vem citando feitos da sua gestão na área e, acima de tudo, jogado a responsabilidade maior do problema para o estado — que controla as polícias e a política de segurança pública.

Com isso, o candidato à reeleição também busca associar Ramagem ao governador e correligionário Cláudio Castro (PL), que está com baixa aprovação na capital fluminense, e dizer que o adversário pertence ao grupo político que não resolve o problema na esfera estadual.

“Chega desse papo de que segurança não é comigo. A violência é assunto de todos”, afirma Ramagem no novo vídeo publicitário.

Na peça, ele coloca a violência como principal problema da cidade e, para exemplificar, escolhe a Avenida Brasil, “símbolo de como a insegurança está acabando com a economia do Rio”.

A propaganda encerra com um pedido de voto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político do candidato: “O Rio de Janeiro não pode esperar. Ou elegemos Ramagem, um homem comprometido com a nossa segurança, ou não dará mais tempo”, alega.

Medellín chegou a ser referência do Rio no passado, durante o governo de Sérgio Cabral (MDB). O então governador se inspirou na cidade durante o período das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e para projetos específicos, como o Teleférico do Alemão.