Política
Sete de Setembro: cerimônia em Brasília reúne chefes dos Três Poderes e desfile com referências ao RS e ao G20
A primeira-dama, Janja Lula da Silva, faltou à cerimônia para ir a um evento de educação no Catar
A comemoração de Sete de Setembro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva começou neste sábado com um desfile cívico-militar realizado na Esplanada dos Ministérios e a presença de ministros, dos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso, além dos comandantes das Forças Armadas. A cerimônia acontece um dia após a demissão do ministro Silvio Almeida dos Direitos Humanos, que foi alvo de denúcias de assédio sexual que abalaram o governo. A ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, disse aos colegas de Esplanada dos Ministérios ter sido uma das vítimas.
Diferentemente do protocolo adotado no ano anterior, Lula chegou ao desfile sozinho no Rolls-Royce presidencial. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, faltou à cerimônia para ir a um evento de educação no Catar. Ano passado, o presidente estava acompanhado pela primeira-dama, Janja Lula da Silva.
Ao todo, 32 ministros do governo Lula participam da solenidade: o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio Geraldo Alckmin, as ministras Nísia Trindade (Saúde), Cida Gonçalves (Mulheres), Esther Dweck (Gestão), Simone Tebet (Planejamento), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Ricardo Lewandowski (Justiça), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), José Múcio (Defesa), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Celso Sabino (Turismo).
O evento também reuniu ministros do Supremo Tribunal Federal, que será alvo de protesto na tarde deste sábado em São Paulo organizado pela oposição. O ex-presidente Jair Bolsonaro deve discursar no ato marcado para a Avenida Paulista.
Do STF, participam o presidente Luís Roberto Barroso e os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Edson Fachin. Moraes deve ser o principal alvo da manifestação em São Paulo. Durante o evento em Brasília, o magistrado foi exaltado pelo público que acompanha o desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios aos gritos de "Xandão, Xandão". O ministro respondeu acenando em direção às arquibancadas.
O tema do desfile deste ano é "Democracia e Independência! É o Brasil no Rumo Certo". A parte cívica será dividida em quatro temas: atletas olímpicos, retomada da vacinação, presença do Brasil no G20 e reconstrução do Rio Grande do Sul — o governador Eduardo Leite também participa da solenidad.
Apesar de ter entrado em embates com o governo federal pelo ritmo da ajuda ao Rio Grande do Sul por conta dos efeitos da enchentes, Leite disse que o desfile organizado pelo Poder Executivo federal "será um bonito momento para relembrarmos essa admirável mobilização que uniu o país em favor" do estado.
“O Brasil foi imensamente solidário com o Rio Grande do Sul na calamidade e o 7 de Setembro terá um espaço especial para todos aqueles que se envolveram, desde as forças de segurança até os voluntários”, declarou também o governador, em nota.
Entre as instituições que serão homenageadas por atuarem na reconstrução do estado estão militares, bombeiros, Correios, Conab, Força Nacional do SUS, e Movimento de Atingidos por Barragens. Integrantes da Secretaria de Comunicação Social explicam que a ideia é ampliar a participação social no desfile.
As Forças Armadas já mobilizaram 31 atletas de alto rendimento que irão desfilar, entre eles atletas olímpicos como Beatriz Souza, medalha de ouro no judô em Paris. Assim como em 2023, o desfile terá duração de duas horas e tem expectativa de que 30 mil pessoas acompanhem o evento. Mais uma vez, não haverá presença de escolas cívico-militar, por não ser uma política incentivada pelo governo Lula.
Um esquema de segurança foi acionado para isolar a Praça dos Três Poderes e bloquear o acesso aos prédios da esplanada. O Congresso Nacional também terá um esquema de segurança especial.
Apesar de não haver previsão e movimentações atípicas na capital federal, as manifestações bolsonaristas marcadas para acontecer em São Paulo na data são ponto e atenção das autoridades.
A expectativa é que o evento dure duas horas e seja acompanhado por 30 mil pessoas espalhadas pelas arquibancadas montadas na esplanada dos ministérios. Mais uma vez, não haverá presença de escolas cívico-militar, por não ser uma política incentivada pelo governo Lula.
A Esplanada dos Ministérios foi fechada para circulação de veículos já na noite de sexta-feira, a partir das 23h. Há ainda pontos de revista para acesso ao local. A região será monitorada por câmeras, drones e por agentes do Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).
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