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Qual é a bebida láctea com mais proteína? PROTESTE testou 29 marcas brasileiras, confira
Chamas de hiperproteicas, elas acabaram se tornando boas opções de pré-treino para amantes de academia que não tem muito tempo durante o dia

Frequentemente escolhido por amantes de academia que geralmente estão sem tempo, as bebidas lácteas ricas em proteínas, também chamadas de hiperproteicas, acabaram virando boas opções tanto para o café da manhã quanto para lanches dentro ou fora de casa.
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De acordo com dados expostos pela AS Varejos, de 2020 a 2021 houve um aumento de 41% no consumo de bebidas lácteas UHT, e é esperado que até 2026 o mercado de produtos com proteínas cresça 50%.
Pensando nisso, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) fez uma pesquisa com 29 marcas analisando desde o rótulo até a composição do que tem dentro de cada bebida láctea e se estão de acordo com o que vendem aos consumidores. A boa notícia é que todas foram aprovadas.
“O incremento de sua oferta e aquisição no mercado foi atribuído a fatores como maior variabilidade, boa acessibilidade sensorial e alta densidade nutricional, além da simplicidade no processo e baixo custo de produção devido à utilização do soro de leite, possibilitando a comercialização de preços mais acessível”, explica Mylla Moura, engenheira de alimentos responsável pelo teste.
Proteínas
Dessas 29 marcas, 11 foram escolhidas por meio de sorteio para serem levadas a um laboratório e serem esmiuçadas. Os pesquisadores primeiro analisaram os nutrientes relevantes de cada produto. E nesse caso, o foco ficou nas proteínas. De acordo com a legislação para esse tipo de produto, a quantidade de proteína não pode ser inferior a 20% do valor declarado.
Segundo a PROTESTE, nenhuma marca ultrapassou o limite mínimo de diferença, porém, apenas uma delas, a Italac sabor chocolate, 15g, teve mais proteína do que o declarado. Essa marca em questão tinha 17g (+13%).
As demais tinham um valor menor de proteína, porém dentro dos limites estabelecidos. As marcas que mais chegaram perto do valor foram a Piracanjuba Imunoday que cita na embalagem 10g de proteína, mas tem apenas 8,2g (- 18%); A Vigor sabor chocolate afirma ter 15g, mas só tem 12,47g (-16%) e a +Mu sabor chocolate diz ter 12g e tem 10,05 (-16%).
A média do valor de proteínas encontrada foi de 16,4 g por 250 ml de bebida láctea.
“Entretanto, a escolha da quantidade de proteínas ideal para consumo depende do objetivo do consumidor. Para o esportista, ingerir pouca quantidade de proteína impede a boa recuperação dos treinos e o ganho de força, e pode levar a uma redução da massa magra. Da mesma forma, o excesso não resulta em melhor desempenho, aumento de massa muscular ou ganho de força, como muitos pensam. Por isso, sugerimos que a escolha seja realizada com a ajuda de um nutricionista”, diz Moura.
Uma das questões que incomodam o consumidor é a presença de aditivos nos produtos alimentares. Segundo a PROTESTE, neste teste, todos os lotes das 29 bebidas lácteas continham seis categorias de aditivos permitidos pela legislação: aromatizantes, corantes, emulsificantes, espessantes, estabilizantes e, alguns, edulcorantes (que são os adoçantes). “Eles são usados com o propósito de melhorar a função tecnológica do produto e deixá-lo com melhor qualidade e aceitabilidade para o público”, explica a engenheira de alimentos.
A Pirancajuba Imunoday foi a única marca que usou menos aditivos — 2 ao todo — e também foi eleita como a principal escolha da associação.
Carboidratos
As bebidas lácteas proteicas também possuem carboidratos na formulação. Entre os lotes avaliados, os com menor quantidade, em 250 ml, foram: Italac sabor chocolate 25 g proteínas (6,8 g), +Mu sabor chocolate (8,3 g), Itambé e Parmalat, ambos nos sabores baunilha, chocolate e coco com batata doce (8,8 g nas duas marcas). Já os com as maiores quantidades foram Vigor sabor chocolate (20,5 g), Piracanjuba (sabores chocolate e coco) e Yobem sabor chocolate (ambos com 20,0 g).
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“As bebidas lácteas que apresentam grandes quantidades de carboidratos junto com proteínas podem ser consumidas antes, durante ou após o exercício, porque a composição otimiza o ganho de massa muscular ou o processo de recuperação”, orienta Moura.
A PROTESTE afirma ainda que as quantidades de gorduras totais, saturadas e fibras estavam dentro do esperado para a categoria, não sendo os nutrientes majoritários do alimento.
Rotulagem
Todas as marcas passaram por uma análise que conferiram se elas traziam a denominação correta de venda, lista de ingredientes, advertências sobre os principais alimentos que causam alergias alimentares, sobre lactose e sobre o uso de aditivos alimentares, rotulagem nutricional, conteúdo líquido, identificação da origem, identificação do lote e prazo de validade.
Os pesquisadores também verificaram se há a informação das instruções de conservação antes e após a abertura da embalagem. Em relação a todos esses itens, os produtos saíram muito bem. Por isso, no seleções de consumo seguro, as bebidas lácteas avaliadas tiraram nota máxima.
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“Vale informar que muitos rótulos fazem uso das informações de fonte de proteínas, baixo em gorduras e zero lactose. Isso ocorre devido à tendência de consumo das pessoas nesse tipo de mercado”, alerta a especialista.
O consumo de bebida láctea enriquecida com proteínas deve ser avaliado de forma individual quanto à composição dos nutrientes relevantes, a fim de que a quantidade de proteínas ingeridas pela bebida seja treinada de acordo com as necessidades nutricionais ao consumidor. Antes de adotar seu consumo no dia a dia, consulte um médico ou nutricionista.
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