Política

FUNDO PARTIDÁRIO: JHC recebe R$6,2 milhões, Rafael Brito, R$5 milhões, enquanto Lobão e Lenilda Luna contam juntos com menos de R$30 mil para a campanha

Vladimir Barros 05/09/2024
FUNDO PARTIDÁRIO: JHC recebe R$6,2 milhões, Rafael Brito, R$5 milhões, enquanto Lobão e Lenilda Luna contam juntos com menos de R$30 mil para a campanha

As eleições para prefeito de Maceió têm revelado uma significativa disparidade nas doações partidárias feitas pelos diretórios nacionais aos seus candidatos. De acordo com os dados disponibilizados no sistema de transparência da Justiça Eleitoral, o Divulgacand, alguns dos grandes partidos têm sido bastante generosos, enquanto outros candidatos enfrentam dificuldades financeiras em suas campanhas.

O candidato à reeleição, João Henrique Caldas (JHC), que lidera nas pesquisas, recebeu uma doação robusta do Partido Liberal (PL), que totaliza R$ 6.200.000,00 (seis milhões e duzentos mil reais). Esse valor expressivo coloca JHC à frente no quesito financeiro, permitindo uma campanha ampla e com forte presença nas mídias.

Por outro lado, Rafael Brito, candidato pelo MDB, também obteve um montante significativo de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) do diretório nacional de seu partido. Embora menor que o valor destinado a JHC, essa quantia ainda permite uma campanha competitiva.

Entretanto, nem todos os candidatos tiveram a mesma sorte. Lobão, do Solidariedade, recebeu apenas R$ 28.918,50 (vinte e oito mil, novecentos e dezoito reais e cinquenta centavos) um valor consideravelmente irrisório quando comparado aos seus adversários. A diferença de recursos pode limitar a capacidade de Lobão em desenvolver uma campanha mais ampla e abrangente.

Lenilda Luna, candidata pela Unidade Popular, não recebeu qualquer contribuição do diretório nacional. Até agora, suas receitas vieram exclusivamente de doações de pessoas físicas, somando apenas R$ 1.757,00. Sem o apoio financeiro Lenilda enfrenta grandes desafios para dar visibilidade a sua candidatura perante o eleitorado.

Outro caso curioso é o de Nina Tenório (PCO), que até o momento não teve nenhuma receita divulgada no sistema Divulgacand. Isso levanta dúvidas sobre o suporte financeiro que ela pode vir a receber e como isso impactará o desenrolar de sua campanha.

Por fim, Rony Camelinho teve sua candidatura impugnada e o registro indeferido, o que impossibilita o recebimento de recursos ou a continuidade de sua campanha.

A grande diferença nos valores doados evidencia uma clara disparidade nas condições de campanha entre os candidatos. Enquanto alguns podem contar com quantias robustas, outros precisam se desdobrar com valores muito mais modestos, o que pode influenciar significativamente o resultado das eleições.

Esses dados levantam a questão de como as doações partidárias afetam o equilíbrio democrático no pleito, dado que o poder financeiro pode determinar, em grande parte, a capacidade de comunicação e mobilização dos candidatos.