Internacional
Naufrágio de superiate na Itália: marinheiro de guarda diz ter acionado alarme e acordado capitão 'imediatamente' na noite do acidente
Marinheiro está entre investigados por possível homicídio culposo; Embarcação transportava 22 pessoas (10 tripulantes e 12 passageiros) e foi atingida por uma tromba d'água

O marinheiro que estava de guarda na noite em que o superiate de luxo do magnata britânico Mike Lynch virou na Sicília, há duas semanas, provocando sete mortos, diz ter acionado o alarme e acordou o capitão, divulgou a imprensa italiana neste domingo.
Saiba quem é: Magnata britânico da tecnologia Mike Lynch está entre os desaparecidos em naufrágio de superiate de luxo na Itália
“Monitorei as condições meteorológicas durante toda a noite, principalmente o vento que chegou aos 20 nós [cerca de 40 km/h]. Depois acordei imediatamente o capitão, que assumiu o comando das operações e deu ordem para acordar todos os outros”, afirmou Matthew Griffith, segundo a agência Ansa e vários jornais, que não citam a fonte.
Os procuradores da ilha italiana investigam possíveis crimes de naufrágio negligente e homicídio culposo, após o naufrágio do iate "Bayesian" depois da passagem de uma tromba d'água na madrugada de 19 de agosto, que provocou a morte de Mike Lynch e outras seis pessoas.
O capitão James Cutfield, um cidadão neozelandês que está entre os 15 sobreviventes – nove membros da tripulação de dez e seis passageiros de doze – está sendo investigado, assim como o mecânico Tim Parker Eaton, encarregado da sala de máquinas na noite do acidente, e o marinheiro Matthew Griffith, que estava de guarda.
Cutfield confirmou que o marinheiro o acordou e que deu ordem "para informar os demais porque [ele] não gostou da situação", segundo o jornal Corriere della Sera.
Mike Lynch, de 59 anos, empresário bilionário, celebrava com amigos, colaboradores e advogados a sua absolvição, em junho, em um julgamento por fraude nos Estados Unidos que poderia ter lhe custado anos de prisão.
O iate de 56 metros de comprimento afundou em questão de minutos depois que uma tromba d'água atingiu cerca de 700 metros do porto de Porticello, perto de Palermo.
Por que mecânico e marinheiro foram incluídos em investigação?
O capitão James Cutfield, cidadão neozelandês que está entre os 15 sobreviventes, já estava sendo investigado. Agora incluíram o mecânico Tim Parker Eaton, responsável pela casa de máquinas na noite dos fatos, e o marinheiro Matthew Griffiths (ou Griffith segundo outras fontes) que estava de guarda.
Os promotores da ilha italiana investigam possíveis crimes de homicídio culposo no naufrágio do "Bayesian" durante uma tempestade antes do amanhecer de 19 de agosto, que resultou na morte de Mike Lynch, sua filha e cinco pessoas.
Parker Eaton, britânico, é suspeito de não verificar corretamente se as portas estavam fechadas e que os compartimentos estanques estavam ativados, enquanto Griffiths, também britânico, é suspeito de não acionar o alarme a tempo.
Mike Lynch, de 59 anos, apelidado de "Bill Gates britânico", celebrava com amigos, colaboradores e advogados sua absolvição, em junho, em um julgamento por fraude nos Estados Unidos que poderia ter lhe custado anos de prisão.
O iate de 56 metros foi atingido por uma tromba d'água enquanto estava ancorado em Porticello, perto de Palermo.
O corpo do cozinheiro do iate foi encontrado pouco depois, e os das outras seis pessoas, incluindo Mike Lynch e sua filha de 18 anos, foram encontrados por mergulhadores nos dias seguintes.
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