A 5ª Zona Eleitoral de Recife suspendeu, neste sábado, as propagandas eleitorais vinculadas no rádio e na televisão do candidato Daniel Coelho (PSD), que concorre com o apoio da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB). Nas inserções, Coelho criticava a política de habitação da gestão do prefeito João Campos (PSB).

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A equipe jurídica de Campos acionou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE), contudo, por uma associação feita pelo opositor — que fez uma relação direta entre o déficit habitacional da cidade e o número de moradores de rua, dando a entender que há um grande desamparo municipal.

O juiz João Guido Tenório de Albuquerque julgou procedente o pedido, uma vez que entendeu que houve a veiculação de informações descontextualizadas sem comprovação de sua veracidade.

"O objeto precípuo da propaganda eleitoral é o debate de ideias e apresentação de propostas pelos candidatos, não se podendo prestar informações para denegrir ou divulgar fatos inverídicos ou não comprovados", argumentou o magistrado na decisão.

Em caso de descumprimento, o juiz estipulou uma multa diária de R$ 15 mil. Nas redes sociais, Daniel Coelho chamou de censura a judicialização por parte da campanha de João Campos.

— Eles (o PSB) foram para a justiça para tirar os nossos vídeos da internet, da televisão, que falam sobre a situação de moradia e sobre o nosso povo passando fome. Eles estão dizendo que a gente quer criar confusão mental ao tentar responsabilizar o prefeito pelos problemas da cidade. A culpa é de quem está na rua? — questionou o candidato, que recorre na Justiça.

Em seu primeiro mandato em Recife, João Campos é favorito para a reeleição. Segundo a última Quaest divulgada na capital pernambucana, ele tem 80% das intenções de voto. Com 5% da preferência dos eleitores, Daniel Coelho está empatado tecnicamente em segundo lugar com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL).