Ao longo dos anos, Graceland, a mansão de Elvis Presley localizada em Memphis, Tennessee, tem sido alvo de grande interesse, seja pelo seu apelo histórico e cultural, seja pelo incalculável valor financeiro. É difícil imaginar que alguém tentasse dar um golpe tendo como objeto um imóvel tão conhecida, mas segundo autoridades americanas, foi o que aconteceu.

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No dia 16 de agosto, uma mulher de 53 anos foi presa e acusada de tentar apoderar-se da luxuosa propriedade do lendário cantor. De acordo com os promotores federais, Lisa Jeanine Findley, moradora do Missouri, elaborou um plano para vender de forma fraudulenta a casa do “Rei do Rock and Roll”. Segundo as autoridades, ela também usava outros nomes, incluindo Lisa Holden, Lisa Howell, Gregory Naussany, Kurt Naussany, Lisa Jeanine Sullins e Carolyn Williams.

Findley alega que a falecida Lisa Marie Presley, filha única de Elvis, tinha dado Graceland como garantia de um empréstimo que não pagou antes da sua morte. “Alegamos que a ré criou vários documentos falsos e tentou extorquir a família Presley para um acordo”, disse Nicole Argentieri, chefe da Divisão Criminal do Departamento de Justiça.

Na sua versão, Findley afirma que Lisa tinha pego US$ 3,8 milhões emprestados em 2018 a uma empresa chamada Naussany Investments. Para sustentar essa versão, ela teria falsificado as assinaturas de Lisa Marie e de um notário do estado da Florida. No entanto, foi Riley Keough, neta de Elvis, quem detectou as irregularidades e entrou com uma ação judicial para impedir o leilão da mansão que aconteceria em maio.

O caso ganhou atenção pública quando advogados de Riley Keough foram ao tribunal para interromper o que disseram ser um esquema fraudulento de meses para vender Graceland por meio de uma empresa conhecida como Naussany Investments & Private Lending LLC.

Um juiz do Tennessee bloqueou a venda e, na audiência, ninguém compareceu para representar a empresa que tentava vender Graceland. O procurador-geral do estado disse que seu escritório investigaria a situação, mas o caso foi posteriormente entregue à aplicação da lei federal.

As autoridades policiais disseram que, depois que o esquema atraiu ampla atenção, a Sra. Findley aparentemente escreveu para representantes da família Presley, o tribunal estadual do Tennessee e a mídia para alegar falsamente que a pessoa responsável pelo esquema era um ladrão de identidade na Nigéria.

Agora, Lisa Jeanine Findley enfrenta acusações de fraude postal e roubo de identidade, o que pode levar a uma pena de mais de 20 anos de prisão.

Conheça Graceland

Elvis tinha apenas 22 anos quando adquiriu a casa por US$ 100 mil. Com o tempo, a propriedade foi ampliada para um total de 28 cômodos, dos quais oito quartos, garantindo assim a sua privacidade. Em Graceland, o cantor morreu em 16 de agosto de 1977 e também foi enterrado. Seu corpo repousa ao lado de sua filha Lisa e de seu neto Benjamin, que faleceu tragicamente em 2020.

A fazenda Graceland originalmente pertencia à Stephen C. Toof, fundador da gráfica comercial mais antiga de Memphis, e foi batizada em homenagem à filha dele, Grace. Ela herdou o lugar de seu pai, em 1894. Mas foi sua sobrinha, Ruth Moore, quem construiu a mansão, em 1939.

A casa foi projetada pelos arquitetos Furbringer e Ehrman, em estilo neocolonial. Hoje, a casa conserva uma redecoração planejada por Priscilla Presley, que reflete o estilo que tinha quando vivia com Elvis. Tapetes, espelhos, cores vermelhas e lustres são alguns dos elementos visíveis, enquanto a cozinha com itens da Tiffany e a sala de TV ainda mantêm a atmosfera da época de Elvis.

Uma das salas mais marcantes é a “Sala da Selva”, com uma cascata embutida e adornada com centenas de plantas. Esta sala tornou-se o estúdio de gravação de Elvis e foi o local onde ele gravou grande parte de “Moody Blue”, o seu último álbum.

Em uma das áreas restritas à visitação ficam o quarto e o escritório de Presley, além do quarto de Lisa, que costumava visitar a casa ocasionalmente.

Graceland oferece uma variedade de atrações, incluindo um hall da fama que, durante os anos 70, foi ampliado para se tornar uma quadra de raquetebol, onde Elvis exibiu todos os seus discos de ouro. Atualmente, você pode ver os três Grammys que Elvis ganhou, seus Cadillacs e o último carro que dirigiu, o famoso Stutz Blackhawk preto.