Internacional
Tribunal da Groenlândia não extradita defensor de baleias Paul Watson para o Japão, mas prolonga sua prisão
Ativista e co-fundador do Greenpeace, canadense-americano foi acusado de danificar navio e ferir marinheiro japonês em protesto contra caça do mamífero marinho

A Justiça da Groenlândia decidiu, nesta quinta-feira (15), manter na prisão até 5 de setembro um dos ativistas mais conhecidos contra a caça de baleias, Paul Watson, fundador da ONG Sea Shepherd e Co-fundador do Greenpeace. O ambientalista foi preso em Nuuk, capital do estado dinamarquês, após um alerta de captura emitido pelo Japão. Havia uma expectativa quanto ao futuro do canadense-americano, já que sua defesa considerou a prisão exagerada e uma possível extradição ao país japonês — pedido oficializado logo após sua prisão — poderia ocasionar um julgamento injusto.
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"O tribunal da Groenlândia decidiu hoje [quinta-feira] que Paul Watson será mantido em detenção até 5 de setembro de 2024 para garantir sua presença no momento da decisão sobre a extradição", cuja data não foi divulgada, anunciou a polícia em um comunicado.
Watson, ativista canadense-americano de 73 anos, foi preso em 21 de julho quando seu navio atracou em Nuuk para reabastecer e continuar sua viagem para "interceptar" um baleeiro japonês no Pacífico Norte, segundo a Captain Paul Watson Foundation (CPWF).
O Japão solicitou sua extradição em 31 de julho ao Ministério da Justiça dinamarquês.
A equipe jurídica de Watson, fundador da ONG Sea Shepherd e da fundação em defesa dos oceanos que leva seu nome, considerou desproporcional mantê-lo detido e recorreu da decisão.
Ao sair do tribunal de Nuuk, pouco antes de entrar em um veículo policial, Paul Watson disse à AFP que manter sua prisão aumenta a pressão sobre o Japão para acabar com "suas atividades baleeiras ilegais". O Japão é um dos poucos países no mundo que autoriza o comércio de baleias. .
A prisão obedeceu a um alerta vermelho emitido pela Interpol em 2012 a pedido do Japão, que acusa o ativista de ser corresponsável por danificar um navio baleeiro e ferir um marinheiro ao supostamente jogar uma bomba de mau cheiro em seu rosto.
Outro militante neozelandês, Peter Bethune, foi condenado em 2010 a dois anos de prisão com suspensão da pena por estes acontecimentos.
O Japão é um dos poucos países do mundo que mantém a caça à baleias.
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