Internacional
Japão suspende alerta para possibilidade de ‘megaterremoto’, uma semana após tremor de magnitude 7,1
Autoridades emitiram alerta pela primeira vez na história, há uma semana, após o tremor do dia 8 de agosto

As autoridades japonesas suspenderam, nesta quinta-feira, o alerta de um possível "megaterremoto" emitido há uma semana, após os tremores do dia 8 de agosto, e propôs aos seus habitantes "retomarem a vida normal".
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"Como não foram detectadas anomalias na atividade sísmica nem na deformação da crosta terrestre, o chamado especial para atenção particular terminou, mas isso não significa que o risco tenha desaparecido", disse o ministro de Gestão de Desastres, Yoshifumi Matsumura.
"Pedimos que continuem atentos às precauções cotidianas e se mantenham vigilantes quanto a um megassismo que pode ocorrer a qualquer momento e em qualquer lugar", acrescentou.
A Agência Meteorológica Japonesa emitiu na quinta-feira passada um aviso de um possível megaterremoto após um sismo de magnitude 7,1 no sul do país, que deixou 15 feridos.
O alerta provocou o cancelamento de milhares de reservas turísticas e levou muitos habitantes a estocar provisões nos supermercados.
O primeiro-ministro, Fumio Kishida, até cancelou uma viagem prevista à Ásia Central para poder gerir uma eventual emergência.
No aviso, a agência meteorológica especificou que "a probabilidade de ocorrer um novo tremor é mais elevada do que em tempos normais, mas isso não indica com certeza que ele acontecerá".
O alerta estava focado na fossa submarina de Nankai, situada entre duas placas tectônicas no oceano Pacífico, onde no passado ocorreram terremotos de magnitude superior a 8.
Essa fossa se estende por 800 quilômetros em frente à costa pacífica do Japão, incluindo a região de Tóquio que, com 40 milhões de habitantes, é a maior zona urbana do mundo.
Em 1707, todos os segmentos da fossa de Nankai se romperam ao mesmo tempo e desencadearam o segundo sismo mais potente já registrado no Japão, que também provocou a última erupção do monte Fuji.
O governo japonês estima que há 70% de chance de que nos próximos 30 anos ocorra um grande terremoto que, no pior cenário, poderia matar cerca de 300.000 pessoas.
O sismo mais potente ocorrido no Japão foi de magnitude 9, em 11 de março de 2011.
A sacudida provocou um tsunami e o acidente nuclear de Fukushima, deixando cerca de 20.000 mortos ou desaparecidos.
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