Internacional
Brasil assume custódia da embaixada argentina na Venezuela após expulsão de diplomatas por Maduro e Milei agradece por 'laços de amizade'
Diplomacia brasileira ficará responsável por resguardar instalações, bens e arquivos pertencentes ao serviço diplomático argentino, bem como pelos interesses do país e seus cidadãos na Venezuela

O Brasil assumiu nesta quinta-feira a custódia da embaixada da Argentina em Caracas, após a decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de expulsar o corpo diplomático argentino do pais, pelos questionamentos de Buenos Aires em relação às eleições e o apoio a opositores do regime chavista. O presidente da Argentina, Javier Milei, agradeceu publicamente ao governo brasileiro pelo apoio.
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"Agradeço enormemente a disposição do Brasil em assumir a custódia da Embaixada argentina na Venezuela. Também agradecemos a representação momentânea dos interesses da República Argentina e dos seus cidadãos", escreveu Milei em uma publicação nas redes sociais, destacando também que "os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos".
A Argentina havia solicitado a solidariedade de outros países para proteger políticos da oposição venezuelana asilados em sua embaixada em Caracas, em meio à decisão do governo Maduro de expulsar os diplomatas argentinos. O Peru fez um pedido similar, também atendido pelo governo brasileiro, em um procedimento parecido com a função que a Suíça exercia pelos Estados Unidos em Cuba.
A diplomacia argentina indicou que a custódia assumida pelo Brasil abrange as instalações da missão argentina em Caracas, incluindo a Embaixada e a Residência Oficial, seus bens e arquivos, assim como também a proteção de seus interesses e dos interesses dos cidadãos argentinos em todo o território venezuelano.
A respeito dos asilados venezuelanos abrigados na embaixada argentina, a chancelaria do país afirmou que eles agora estão sob custódia do Brasil. De acordo com as informações diplomáticas argentinas, eles foram "privados de sair do país ao lado dos funcionários da Embaixada", no que as autoridades argentinas chamaram de violação da Convenção de Caracas sobre asilo diplomático.
Em seu pronunciamento nesta quinta, Milei também voltou a criticar o governo venezuelano. Ele justificou a ordem de retirada aos diplomatas argentinos como uma "represália do ditador Maduro pela condenação que fizemos da fraude que perpetraram no domingo passado". Na oportunidade, Milei escreveu uma publicação em que pedia "Maduro ditador fora".
O presidente também defendeu uma normalização rápida da situação.
"Não tenho dúvidas de que em breve reabriremos nossa Embaixada em uma Venezuela livre e democrática", acrescentou. (Com AFP).
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