Internacional
Eleição na Venezuela: Após fechamento das urnas, Kamala Harris diz que 'vontade do povo venezuelano deve ser respeitada'
Vice-presidente dos EUA e principal cotada à Casa Branca do Partido Democrata afirmou que seu país está 'ao lado do povo da Venezuela' e defendeu 'futuro mais democrático' na nação sulamericana

A vice-presidente dos EUA e principal cotada à candidata do Partido Democrata na disputa à Casa Branca em novembro, Kamala Harris, defendeu neste domingo que "a vontade do povo venezuelano deve ser respeitada", pouco depois do fechamento das urnas no país. Sem resultado definido, mas com diversas pesquisas de boca de urna apontando uma vitória do opositor Edmundo González, a democrata afirmou que, "apesar dos muitos desafios", seu país trabalhará a favor da democracia na nação sulamericana.
"Os Estados Unidos estão ao lado do povo da Venezuela, que expressou sua voz na histórica eleição presidencial de hoje. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada. Apesar dos muitos desafios, continuaremos a trabalhar em prol de um futuro mais democrático, próspero e seguro para o povo da Venezuela", escreveu Kamala no X.
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Mais cedo, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que os Estados Unidos não irão prejulgar os resultados da disputa — cercada de denúncias da oposição sobre interferências do presidente Nicolás Maduro.
— Os Estados Unidos não vão prejulgar o resultado. Esta é uma escolha para os venezuelanos fazerem, mas o povo venezuelano merece uma eleição que reflita genuinamente sua vontade, livre de qualquer manipulação — afirmou Blinken, que está em viagem ao Japão.
Os centros de votação venezuelanos abriram as portas neste domingo às 6h (7h em Brasília) e fecharam às 18h (19h em Brasília). Quase 21 milhões de pessoas estavam registradas para votar em uma população de 30 milhões, embora analistas calculem que poderão comparecer às urnas apenas 17 milhões que estão no país e não migraram devido à dura crise da última década.
Duas horas antes do fechamento das urnas, o Comando ConVzla, campanha da oposição, reportou que 11,7 milhões de venezuelanos já haviam votado, uma participação de 54,8%. Tanto González quanto Maduro convocaram eleitores para votar por meio das redes sociais faltando uma hora para o fim da votação. Um comparecimento abaixo dos 60% era visto como preocupante para os candidatos, sobretudo para a oposição. Em 2013, cerca de 80% do eleitorado votou.
Partidários da oposição e do governo divulgaram nas redes sociais pesquisas de boca de urna apontando diferentes resultados nas últimas horas. Longe de oferecer um quadro claro, as porcentagens variam de acordo com o grau de sintonia de seus autores com determinada sigla.
A agência Hinterlaces informou que, até o meio-dia, 61,5% dos eleitores haviam votado e que o presidente Nicolás Maduro estava à frente do oposicionista Edmundo González por quase 12 pontos percentuais — 54,6% a 42,8%. O instituto de pesquisas Meganalisis, por sua vez, questionou pouco depois esse boletim do que descreveu como “uma empresa pró-governo”, apresentando um quadro completamente diferente: de acordo com seus relatórios, às 11 horas da manhã, 41% dos eleitores haviam votado e González estava à frente de Maduro por mais de 50 pontos — 65,3% a 13,1%.
A pesquisa final da empresa Edison Research mostra Edmundo González liderando com 65% contra 31% a favor de Nicolás Maduro, em uma pesquisa com 6.846 eleitores entrevistados em 100 seções eleitorais até o final da votação.
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