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Se estivesse vivo, Hugo Chávez votaria em Nicolás Maduro na Venezuela, diz filha do falecido presidente

Eleição deste domingo decide pela continuidade do chavismo, no poder há 25 anos, ou por mudança histórica prometida pela oposição unida no país

Agência O Globo - 28/07/2024
Se estivesse vivo, Hugo Chávez votaria em Nicolás Maduro na Venezuela, diz filha do falecido presidente
Se estivesse vivo, Hugo Chávez votaria em Nicolás Maduro na Venezuela, diz filha do falecido presidente - Foto: Reprodução

Se estivesse vivo, Hugo Chávez votaria no presidente Nicolás Maduro, disse Maria Gabriela Chávez, filha do falecido líder da Venezuela. A eleição deste domingo decide pela continuidade do chavismo, que está no poder há 25 anos, ou por uma mudança histórica prometida pela oposição unida no país.

— Precisamos vencer — disse Maria Gabriela à agências de notícias AP.

A votação deste domingo ocorre no que teria sido o 70º aniversário de Chávez, que morreu em 2013 de câncer. Para sua filha, a escolha da data busca despertar a admiração pelo legado de seu pai e dar a Maduro, seu herdeiro político escolhido a dedo, um possível impulso em uma disputa acirrada.

— Sempre misturamos família com política — disse Chávez, que, no entanto, planejava depositar uma coroa de flores no túmulo de seu pai em um forte do exército no topo de uma colina neste domingo.

A eleição na Venezuela ocorre sob escrutínio internacional, uma vez que parte dos observadores externos foi impedida de acompanhar o pleito e há denúncias crescentes sobre perseguição de opositores do presidente Nicolás Maduro durante a campanha eleitoral.

Apesar disso, o candidato da oposição organizada, o diplomata Edmundo González Urrutia, disse que confia que as Forças Armadas da Venezuela “respeitarão a vontade do povo”.

Os eleitores começaram a fazer fila muito antes das 6h da manhã (7h em Brasília), quando as urnas foram formalmente abertas. Quase 21 milhões de pessoas estão registradas para votar em uma população de 30 milhões, mas os analistas calculam que devem comparecer às urnas entre 13 milhões e 16 milhões que estão na Venezuela e não migraram. O voto não é obrigatório.

Aliados do partido governista foram recebidos com vaias ao irem às urnas para votar no estado de Miranda, que inclui uma parte da capital. “Saiam! Saiam!”, gritaram alguns eleitores quando o governador Hector Rodriguez chegou ao seu centro de votação.

As urnas fecham às 18h (19h em Brasília), mas não se sabe quando os resultados serão anunciados pelas autoridades eleitorais nacionais, que não costumam divulgar parciais nem tendências.