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Homem perde parte do pênis após anel sexual ficar preso no órgão; entenda quando o item é indicado e cuidados necessários
Paciente de 68 anos, cujo nome não foi revelado, afirmou ter ficado com o objeto por mais de 24 horas

Um americano de 68 anos, cujo nome não foi revelado, precisou remover a glade se seu pênis, também conhecida pela cabeça do órgão, após usar um anel peniano por mais de 24 horas. O paciente ainda disse aos médicos que retirou o objeto sozinho com a ajuda de um alicate.
Porém, ele procurou ajuda uma semana depois, porque apresentou dificuldade para urinar e ainda estava com o órgão dolorido e inchado. O homem foi examinado pela equipe de urologia da Universidade da Califórnia quatro dias depois e os médicos registraram que seu pênis parecia “anormalmente escuro e com bolhas”.
Duas semanas depois, o paciente voltou a clínica, o pênis dele estava preto da raiz às pontas, indicando que havia gangrena após o uso prolongado do anel peniano três semanas antes. Os médicos imediatamente deram antibióticos ao homem para tentar estancar a necrose do tecido.
O homem foi levado às pressas para a cirurgia onde os médicos retiraram a carne morta do órgão. Eles tomaram a decisão de remover completamente a cabeça do pênis. Pós uma semana de recuperação, os médicos removeram parte da pele da coxa do homem e enxertaram ao redor do membro dele.
"Até onde sabemos, esta é a primeira descrição de utilização bem-sucedida desta técnica para perda de tecido após desbridamento de necrose peniana secundária ao uso de um anel constritor", escreveram os médicos.
A equipe relatou que o homem permaneceu estável após a cirurgia e cerca de 85% do enxerto de pele acabou aderindo ao seu pênis. O homem recebeu alta novamente para uma unidade de enfermagem, mas será acompanhado de perto com consultas clínicas de rotina, acrescentaram os médicos.
Quando usar um anel peniano?
O médico Leonardo Seligra, membro da Sociedade Brasileira de Urologia, afirma que o anel peniano é indicado em casos específicos, como um paciente que tem disfunção erétil, mas que o material do produto precisa ser elástico, como borracha.
— O anel é usado há anos no tratamento de pacientes com algum tipo de disfunção erétil, pois ele vai compreender a base do pênis ou do escroto com o objetivo de segurar a circulação sanguínea e assim prolonga o tempo de ereção. Porém, mesmo com um objeto de borracha, os riscos são muitos. Recomendamos que o usuário não fique mais de 30 minutos com ele, pois pode causar hematomas graves. O anel também precisa ser adequado para aquele tipo de pênis, com o tamanho e formato certo, além de ter uma higienização certa para também não causar infecções bacterianas — explica Seligra.
O médico afirma que o anel peniano não é recomendado para pacientes que não apresentam problemas clínicos,pois não há benefícios na utilização do produto. A ereção vai continuar a mesma de antes, entretanto, o usuário vai sofrer o desconforto do anel, além de correr os riscos de ter as complicações mais sérias, como hematomas e infecções.
— Se colocar algo rígido ali na base do pênis, corre o risco de nunca mais sair, pois é uma região extremamente sensível que necessita de produtos maleáveis. Caso isso ocorra, é preciso procurar uma ajuda médica urgente no intuito de serrar o objeto, pois além de hematomas graves, ele prende a circulação do sangue. Se um objeto elástico, nós indicamos cerca de 30 minutos, algo mais rígido não deve ficar nem por cinco minutos. O resultado pode significar em uma amputação do pênis — afirma o urologista.
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