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Quem tem refluxo pode comer carboidrato? Estudo investigou relação; entenda
Os açúcares presentes na alimentação mundial são um tipo de carboidrato simples que influencia diretamente nos sintomas de azia e regurgitação

A redução do açúcar na alimentação de pessoas que sofrem com refluxo gastroesofágico melhorou sintomas de azia e regurgitação, segundo um novo estudo publicado na revista científica American Journal of Gastroenterology. Eles são considerados carboidratos simples, com apenas uma ou duas moléculas de sacarídeo, como a glicose e a frutose.
O que se conhece por carboidratos complexos são aqueles com três ou mais unidades de monossacarídeo. Tantos os simples como os desta categoria estão presentes na alimentação bilhões de pessoas.
Desta forma, os pesquisadores da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, investigaram a correlação destes compostos com os sintomas do refluxo: azia e regurgitação. Para isso, a equipe forneceu aos participantes do estudo uma dieta moderadamente rica em gordura e pobre em carboidratos pelo período de 16 semanas.
"O objetivo desse estudo era investigar os efeitos das gorduras alimentares no metabolismo energético e na perda de peso , mas tivemos uma descoberta muito intrigante que justificava uma exploração mais aprofundada", explica Heidi Silver, professora na Divisão de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição e autora sênior do estudo, em comunicado.
Na pesquisa, 98 pessoas que conviviam a muitos anos com a condição foram divididos em quatro grupos de intervenção alimentar que variavam na quantidade e no tipo de carboidratos (descritos no estudo como: alto total/alto simples; alto total/baixo simples; baixo total/alto simples; baixo total/baixo simples). Consequentemente, na marca de nove semanas os participantes não apresentavam mais sintomas e já começavam a descontinuar o uso de medicamentos para o refluxo.
No monitoramento de pH, o grupo de alto total/baixo carboidrato simples e o grupo de baixo total/alto carboidrato simples obtiveram os melhores resultados. Ambos mostraram reduções significativas no tempo de exposição ao ácido e no número total de episódios de refluxo durante o período de monitoramento de 24 horas.
Inesperadamente, o grupo de baixo total/baixo carboidrato simples, que os pesquisadores esperavam ter o maior impacto, não mostrou uma grande diferença em relação a grupo de controle (com altos níveis de açúcares totais e simples).
"Provavelmente devido à alta variabilidade entre os participantes naquele grupo e/ou falta de conformidade com a dieta ou equipamento de monitoramento", explicou Silver.
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