Política

Tabata avalia ‘solução caseira’ com Lu Alckmin ou Lúcia França caso Datena não responda sobre vice até o dia 27

Deputada estuda opções ao apresentador, enquanto PSDB não descarta inversão de papéis, com a parlamentar como vice do tucano

Agência O Globo - 18/07/2024
Tabata avalia ‘solução caseira’ com Lu Alckmin ou Lúcia França caso Datena não responda sobre vice até o dia 27
Deputada Tabata Amaral - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A pré-candidata do PSB à prefeitura de São Paulo, deputada federal Tabata Amaral, deu prazo até o dia 27 deste mês, data da convenção da legenda, para que o apresentador José Luiz Datena ( PSDB) indique se topará ou não ser vice em sua chapa. Se não houver resposta (ou ela for negativa), a deputada deverá se candidatar com algum correligionário compondo uma ‘chapa puro-sangue’.

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Conforme o GLOBO publicou no início do mês, dentre as opções avaliadas pela parlamentar estão as ex-primeiras-damas de São Paulo Lu Alckmin (mulher do vice-presidente Geraldo Alckmin), e Lúcia França (mulher do ministro Márcio França). Também estão no radar os pré-candidatos a vereadores Floriano Pesaro e Renata Falzoni.

Tabata foi articuladora da filiação de Datena ao PSDB e até mesmo participou da cerimônia, em abril. O objetivo era atrair o apoio do partido para sua candidatura, mas o apresentador acabou convencido no ninho tucano a lançar sua própria pré-campanha — nesta quarta-feira, inclusive, fez sua primeira aparição pública em visita ao Mercado Municipal. No entorno de Tabata, porém, ainda há a desconfiança de que Datena ampliará seu histórico de desistências de última hora (já são quatro).

A convenção do PSDB está marcada para ocorrer uma semana após a do PSB, em 3 de agosto. Assim como Tabata mantém o desejo de ter Datena como vice, a recíproca também é verdadeira. “Quem quer apoio tem que se dispor a apoiar”, ouviu o GLOBO de um aliado do apresentador nesta semana.

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, é elogioso ao se referir à deputada, mas rechaça a ideia de abrir mão de uma candidatura própria considerada forte — em pesquisas recentes, Datena aparece com taxas de intenções de voto acima dos dois dígitos.

— A gente tem uma boa relação com ela (Tabata), mas se temos um bom candidato, que é competitivo, não tem porque a gente apoiar outro nome — afirmou.

Na hipótese de Datena desistir mais uma vez, haverá disputa pelo apoio do PSDB. Tabata tem em seu radar nomes de tucanos que podem preencher a vaga de seu vice, como o do ex-senador José Aníbal e o do presidente da federação PSDB-Cidadania na capital, Mario Covas Neto. Aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) também não descartam a possibilidade de terem o PSDB apoiando o candidato à reeleição, que foi vice do tucano Bruno Covas na última eleição. Perillo, no entanto, diz que não quer estar no mesmo lado que Bolsonaro (apoiador de Nunes) no pleito paulistano.