Política
Polícia Civil contraria Nunes e afirma que mulher do prefeito de SP registrou ocorrência por violência doméstica
Caso ocorreu em 2011. Em sabatina nesta segunda-feira, pré-candidato à reeleição disse que o boletim de ocorrência é "forjado"

A Secretaria da Segurança de São Paulo afirmou que Regina Carnovale Nunes, mulher do prefeito Ricardo Nunes (MDB), registrou um boletim de em uma Delegacia da Mulher, em fevereiro de 2011, contra as ameaças feitas pelo marido. A denúncia foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo GLOBO. Em entrevista nesta segunda-feira na sabatina do jornal paulista com o portal Uol, o prefeito foi questionado e respondeu que a denúncia foi "forjada".
"O caso em questão foi registrado pela 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, em fevereiro de 2011. Na ocasião, a vítima compareceu na unidade especializada para comunicar os fatos e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Embu Guaçu, responsável pela área dos fatos", afirma a nota da secretaria.
Na época, o atual prefeito foi acusado de violência doméstica, ameaça e injúria pela esposa, Regina Carnovale Nunes, com quem é casado até hoje. Ao realizar a denúncia, Regina teria dito aos policiais que havia vivido em união estável por 12 anos com o então vereador e que eles haviam se separado sete meses antes do registro "devido ao ciúmes excessivo" de Ricardo Nunes. Em depoimento, ela disse que Nunes fazia ligações e enviava mensagens com ameaças a ela e a ofendia com palavrões em sua casa.
Em 2015, Regina também fez acusações públicas a Nunes nas redes sociais. Em um dos trechos dessas postagens publicado pela "Folha" ela diz: "Acabei de receber voz de prisão do vereador Ricardo Nunes tudo porque fui cobrar a pensão da minha filha que tive com ele que é de direito dela (...) um bandido que não ajuda a própria filha enquanto banca tudo quanto é festa e finge ser um homem bom esse é o político que está no poder nem a própria filha ajuda".
O registro policial relacionado à denúncia de violência doméstica foi revelado pela Folha durante a campanha de 2020, quando Nunes disputava a eleição como vice de Bruno Covas (PSDB). O boletim de ocorrência ainda consta do sistema da Polícia Civil e sua existência já foi admitida por Regina Nunes.
No entanto, a Secretaria de Segurança afirma que o caso não teve andamento com a instauração de um inquérito policial porque "havia necessidade de representação contra o autor, o que a vítima não fez".
A representação é uma manifestação, que pode ser feita pela vítima ou por seu advogado, em que ela autoriza a instauração do inquérito policial e de uma ação penal. Segundo a secretaria, na época do ocorrido, era necessária a representação para que o caso tivesse andamento.
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