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'Derrotada, acabada e destruída', diz mulher de Nego Di após ex-BBB ser preso por estelionato

O humorista e Gabriela Sousa também foram alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de lavagem de dinheiro por meio rifas ilegais

Agência O Globo - 15/07/2024
'Derrotada, acabada e destruída', diz mulher de Nego Di após ex-BBB ser preso por estelionato

A influencer Gabriela Sousa, esposa de Nego Di, de 30 anos, falou pela primeira vez a pós a prisão do ex-BBB neste domingo por estelionato. Alvo de uma segunda operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul nesta semana, o influenciador também é acusado de lavagem de dinheiro por promoção de rifas virtuais. No Instagram, a mulher agradeceu aos fãs e disse que o humorista está sem redes sociais.

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"Sim, estou completamente derrotada, acabada, destruída. Estamos sem conta nenhuma, sem carro, sem nossos celulares, ele sem Instagram. Mas estava tudo bem. Minha felicidade era estarmos juntos, mas agora eu estou sem ele. Meu único pensamento é no meu marido. Nada diferente disso. Obrigada por tudo. Amo vocês sempre", disse Gabriela em sua conta do Instagram.

"Eu não tenho cabeça nenhuma para aparecer aqui, não tenho vontade. Nem estou pegando celular para ver rede social, não estou vendo televisão. Já sei que saiu tudo (sobre o caso) no 'Fantástico'. Zero surpresa, zero novidade. Eu só quero mesmo agradecer todo mundo, nossos amigos, a galera que eu consegui falar que está ajudando, vocês aqui, todas as mensagens, o carinho. Meu único pensamento é no Dilson, meu marido. Que a justiça seja feita" concluiu.

Na sexta-feira, o humorista e a mulher, a influenciadora digital Gabriela Sousa, foram alvo de uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul por suspeita de lavagem de dinheiro por meio rifas ilegais. Gabriela Sousa chegou a ser detida em flagrante por posse ilegal de armamento sem registro e de uso restrito às Forças Armadas, durante a ação. No entanto, ela foi liberada sob pagamento de fiança de R$14 mil, em Santa Catarina.

Estelionato

Nego Di teve a prisão decretada pela Justiça do Rio Grande do Sul por crime de estelionato após denúncias de que o influenciador participava de um esquema de venda online de produtos que nunca foram entregues. O humorista divulgava em seus perfis nas redes sociais os produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, vendidos a preços abaixo do de mercado.

— São 370 vítimas identificadas, R$ 5 milhões levantados, com quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico. É um farto material probatório que não nos deixa dúvidas de que houve, sim, estelionato — disse o chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, em coletiva no auditório do Palácio da Polícia, neste domingo.

A empresa tinha um prazo de entrega de 50 dias, considerado acima do normal. Segundo a polícia, muitas vítimas relataram que, por não receberem os itens, tiveram que arcar com um novo custo para uma nova compra do mesmo produto. O delegado também explica que as vítimas confiaram em Nego Di em razão da sua expressividade nas redes sociais.

— São pessoas, muitas vezes humildes, que utilizam do seu dinheiro, do seu trabalho, para a compra desses produtos, mas que acabam não recebendo esses produtos — diz a delegada Adriana da Costa.

Acusação de lavagem de dinheiro

Desde que saiu do reality show, Nego Di começou a promover os rifas em suas redes sociais. Como chamariz, ele anunciava que "quem comprasse mais números" ganharia o prêmio. Um dos sorteios que acendeu o alerta do Ministério Público do Rio Grande do Sul foi o de um Porsche.

Nas redes, o influenciador dizia que o carro podia ser do comprador "por apenas 99 centavos". Com a divulgação, ele incentivava o público a comprar a maior quantidade possível de bilhetes. No entanto, pela legislação brasileira, a venda de rifas é ilegal, a não ser que promovida por entidades beneficentes, autorizada pelo Ministério da Fazenda.

Ainda segundo o MP, o influenciador usava contas da esposa, de parentes e de empresas em nome do casal para receber o dinheiro das rifas. A investigação também concluiu que, com os valores arrecadados, o casal comprou dois carros, avaliados em R$630 mil. Ainda não se sabe se os veículos foram sorteados.