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Morre Bill Viola, referência da videoarte nos EUA, aos 73 anos
Artista estava em sua casa, na Califórnia, e, segundo sua mulher, morte foi causada por complicações da doença de Alzheimer

Conhecido como o “escultor do tempo”, Bill Viola, um dos maiores nomes da videoarte mundial, morreu nesta sexta-feira (12) em sua casa em Long Beach, Califórnia, aos 73 anos. Segundo sua mulher Kira Perov, sua diretora de estúdio e colaboradora artística, a morte foi causada por complicações do início precoce da doença de Alzheimer.
Quando o vídeo se desenvolvia como linguagem, Viola começou a pesquisar o formato e tornou-se rapidamente um nome proeminente no meio das artes. Em 1969, ele entrou para a Universidade de Syracuse, no estado de Nova York, logo se viu atraído por pintura e música eletrônica, no recém-fundado Departamento de Estudos Experimentais, e conheceu o vídeo pela primeira vez no centro acadêmico local.
Obras como “The sleep of reason”, de 1988, e “Transfigurations (Three women)”, de 2008, são exemplos de suas criações sobre vida, morte, transcendência, sonho e espaço. Nos anos 1990, seus trabalhos ficam mais pessoais, sob o impacto da morte da mãe e o o nascimento de seu segundo filho. Um de seus trabalhos mais conhecidos, "Nantes Triptych" (1992), é formado por três telas: à esquerda, com o vídeo de uma mulher em parto natural; à direita, um vídeo de sua mãe em seu leito de morte em uma clínica de enfermagem; e, ao centro, um homem totalmente vestido flutuando na água como se estivesse preso.
Tendo como referências pintores do Renascimento, Viola tinha como temas recorrentes a passagem do tempo, elementos como fogo, água e ar, e ligação com elementos religiosos, da arte cristã renascentista ao xamanismo arcaico.
Criado no Queens, em Nova York, era filho de um gerente da PanAm e teve uma educação religiosa por parte de sua mãe, a inglesa Wynne (Lee) Viola. Em 1977, conheceu Kira Perov, à época diretora de eventos culturais na Universidade La Trobe em Melbourne, Austrália, que o convidou para expor seus vídeos. Se casaram em 1980 e tiveramdois filhos, Blake e Andrei.
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