Política
Mello Araújo começa a participar de agendas com Nunes e deve auxiliar no plano de governo nas área de segurança e esporte
Ex-coronel da PM esteve junto ao prefeito durante uma corrida e em cerimônia de comemoração da Revolução Constitucionalista de 1932, e já conversa com coordenador do plano de governo

Vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB), Ricardo de Mello Araújo (PL) começou a fazer agendas com o emedebista nos últimos dias. A primeira ocorreu no fim de semana, quando os pré-candidatos a prefeito e a vice de São Paulo participaram da Corrida dos Bombeiros, no Ipiranga, Zona Sul. Já nesta terça-feira (9), os dois estiveram na tradicional cerimônia militar para relembrar a Revolução Constitucionalista de 1932, no Parque do Ibirapuera.
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As duas agendas dão o tom do nível de participação que Mello Araújo deve ter na formulação do programa de governo de Nunes: ele pretende contribuir com propostas para as áreas de segurança pública e de esportes. Isso porque Araújo é ex-coronel da Polícia Militar, mas atualmente atua na área da educação física.
— Hoje, com a atividade física a gente tira as pessoas do crime, das drogas, então é uma área que eu também entendo que posso colaborar, trazer a segurança com o esporte junto, eu acho que a gente tem muito o que andar nesse caminho — falou o coronel em conversa com jornalistas nesta terça-feira.
Segundo integrantes da pré-campanha, Araújo surpreendeu positivamente, especialmente no que tange aos seus conhecimentos no esporte, já que tem pós-graduação e mestrado na área.
Araújo começou a contribuir oficialmente com a pré-campanha na semana passada, quando se reuniu com Rodrigo Garcia, que coordena o programa de governo de Nunes. Ele deve ser figura cada vez mais presente nas agendas do prefeito, que desde segunda reduziu o ritmo de aparições públicas já que não pode mais inaugurar obras, devido à vedação eleitoral.
Quando a campanha começar efetivamente, em agosto, a ideia é que Mello Araújo siga participando da campanha. Entretanto, em agendas em comunidades sua presença será avaliada caso a caso, já que a recepção para um ex-comandante da Rota, tropa de elite da Polícia Militar paulista, pode ser um problema em determinados espaços.
Araújo é aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e presidiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) por indicação do ex-mandatário entre 2020 e 2022. Em janeiro, Bolsonaro indicou o nome para compor a chapa com Nunes, mas houve resistência do prefeito, que precisou negociar com outros partidos aliados que queriam a vaga.
Entretanto, a entrada do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa eleitoral aumentou as pressões para Nunes aceitar o ex-coronel da PM, o que foi efetivamente concretizado em junho. Desde então, Nunes tem preferido ressaltar o trabalho "contra a corrupção" que Araújo teria feito na Ceagesp, em vez de focar em sua carreira na Polícia Militar.
O tema foi discutido com as outras siglas que apoiam o prefeito, como o próprio MDB, União Brasil, PSD, Republicanos e Podemos, mas não foi bem aceito por todos. Tanto é nas últimas semanas o União Brasil tem dialogado com Marçal e a principal liderança da legenda em São Paulo, o vereador Milton Leite, admitiu que estuda apoiar outras pré-candidaturas.
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