Internacional
Opositor russo condenado a 25 anos é hospitalizado na prisão, diz esposa
Segundo Evgenia, os advogados do jornalista e ativista Vladimir Kara-Murza 'não tiveram autorização para vê-lo'; crítico notório de Putin, foi condenado em abril de 2023

O opositor russo Vladimir Kara-Murza, que sobreviveu a duas tentativas de envenenamento antes de ser preso, foi hospitalizado na prisão, anunciou a sua mulher nesta sexta-feira. "Vladimir Kara-Murza foi transferido para um hospital prisional. Os seus advogados não tiveram autorização para o ver", escreveu Evgenia Kara-Murza no Facebook, sem especificar por qual motivo ele foi hospitalizado.
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Crítico notório do presidente Vladimir Putin, o jornalista e ativista Kara-Murza, de 42 anos, foi preso em Moscou em abril de 2022, acusado de espalhar informações falsas sobre as Forças Armadas russas e foi declarado um "agente estrangeiro" de um país não identificado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Posteriormente, foi acusado de participar de uma "organização indesejada" e, depois, de traição por discursos que deu nos Estados Unidos, Portugal e na Finlândia.
Kara-Murza foi condenado em abril de 2023 a 25 anos de prisão após ser acusado de traição, em um julgamento à portas fechadas, por ter difundido "informações falsas" sobre o Exército russo no contexto da guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Em setembro passado, o opositor, que tem dupla nacionalidade (russa e britânica), foi transferido para uma colônia penal de alta segurança em Omsk, cerca de 2.700 km a leste de Moscou, na Sibéria, segundo o seu advogado.
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O detrator do Kremlin sofre de uma doença nervosa desde que ficou gravemente doente em 2015 e 2017, no que afirma terem sido envenenamentos orquestrados pelos serviços de segurança russos FSB, segundo vários meios de comunicação social de investigação, incluindo Bellingcat, The Insider e Der Spiegel.
As preocupações com a sua saúde aumentaram desde a morte do líder da oposição Alexei Navalny aos 47 anos em uma colónia prisional no Ártico, em fevereiro, em circunstâncias que permanecem pouco claras. Líderes da União Europeia e dos EUA culparam a Rússia pela morte.
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