Economia
Alta do dólar e corte de gastos: entenda o que está em debate entre Lula, Haddad e equipe econômica
Equipe econômica também deve se reunir pela tarde para discutir saídas para momento de tensão entre governo e mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne na manhã desta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Alvorada.
Nesta terça, em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA), Lula já havia anunciado que convocaria uma reunião para discutir a alta do dólar, que tem atingido os maiores valores em dois anos.
— Obviamente que me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação, é um jogo de interesses especulativo contra o real nesse país. E eu tenho conversado com as pessoas sobre o que a gente vai fazer. Estou voltando (para Brasília) e quarta-feira terei uma reunião, porque não é normal o que está acontecendo, não é normal — disse Lula.
Corte de gastos
Segundo interlocutores da equipe econômica, a política fiscal e corte de gastos do governo também serão abordados no encontro com o presidente nesta manhã. Além do ministro, também foram ao Alvorada nesta manhã o secretário-executivo de Haddad, Dario Durigan, e o secretário de Análise Governamental da Casa Civil, Bruno Moretti.
Outra reunião deve acontecer nesta tarde com a equipe econômica completa: os ministros Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Esther Dweck (Gestão e Inovação), além de Haddad.
Alta do dólar
Como mostrou o GLOBO, nos bastidores a cúpula da equipe econômica avalia que, para conter a escalada do dólar, Lula precisará recuar em sua cruzada contra o Banco Central e o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. No entanto, ninguém arrisca cravar que o presidente será convencido disso.
Nesta terça, em entrevista coletiva na Fazenda, Haddad já sinalizou que o governo deve “acertar a comunicação” em relação às críticas ao BC.
— O melhor a fazer é acertar a comunicação — disse o ministro a jornalistas no Ministério da Fazenda. — Não vejo nada fora disso: autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal. É isso que vai tranquilizar as pessoas.
Em evento em Portugal também nesta terça, Campos Neto afirmou que a interrupção do ciclo de quedas nos juros, decidido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), teve como uma das motivações "ruídos" em relação a expectativas sobre a trajetória fiscal e política monetária do país
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