Economia
Lula nega desvinculação de benefícios do reajuste do salário mínimo
Governo prevê economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões no ano que vem com revisão de cadastros

Nesta segunda-feira (dia 1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não vai desvincular benefícios do reajuste salário mínimo. De acordo com ele, a medida não seria correta do "ponto de vista econômico, político e humanitário". As declarações foram dadas durante uma entrevista à rádio Princesa, da Bahia.
"Eu não faço isso porque não é correto do ponto de vista econômico, político e humanitário tentar jogar a culpa de qualquer ajuste que você quer fazer em cima do mínimo. O mínimo é aquilo que está estabelecido por lei (...) para que a gente garanta ao trabalhador aquilo que é necessário para comer (...) Primeiro temos a obrigação de recolocar a inflação. Depois nós decidimos que quando a economia cresce, é preciso que o resultado desse crescimento seja distribuído com o povo", afirmou o presidente.
Pente-fino nos benefícios
Em entrevista à Rádio Itatiaia na semana passada, o presidente também afirmou que o governo trabalha em um pente-fino nos cadastros de benefícios para reduzir os gastos, de modo a excluir quem está recebendo o benefício, mas não tem o direito.
O governo prevê economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões com a revisão de cadastros de benefícios no ano que vem. Os recursos são necessários para alcançar a meta fiscal de 2025, que prevê resultado zero, e já devem constar do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), a ser enviado ao Congresso até 31 de agosto.
Críticas ao BC
Nesta segunda-feira, Lula também voltou a criticar a gestão do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. De acordo com o presidente, a decisão de manter a taxa básica de juros (Selic), em 10,5% ao ano é "exagerada".
"Quem quer o banco central autônomo é o mercado. Eu tive um Banco Central independente, o Meirelles ficou 8 anos no Banco Central no meu governo, sem que o presidente se metesse. O que você não pode é ter um Banco Central que nao está combinando com o que é o desejo da população. Não precisamos ter política de juros alto nesse momento. A taxa selic de 10,5% está exagerada. A inflação está controlada", disse.
Em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano, após sete cortes consecutivos iniciados em agosto do ano passado, quando a taxa estava em 13,75%.
Em duas semanas, o petista concedeu sete entrevistas a mídias de diferentes estados. As conversas foram marcadas por críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a taxa básica de juros em 10,5% ao ano.
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