Economia
Curitiba é referência em reciclagem, com programa que troca lixo por frutas
Florianópolis também incentiva o aproveitamento de resíduos. Apenas 32% dos municípios brasileios têm serviço de coleta seletiva

O aumento da coleta seletiva é fundamental para que os índices de reciclagem aumentem no Brasil. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apenas 32,2% dos municípios brasileiros têm esse serviço.
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Curitiba, que começou a implementar a separação de resíduos no início da década de 1990, hoje é referência em reciclagem no país: 22,5% do que é descartado por lá são reciclados, percentual bem acima da média nacional de 2%, segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Emprego e renda
A cidade mantém programas de incentivo à reciclagem, como o Câmbio Verde, que permite aos cidadãos trocar materiais recicláveis por frutas e hortaliças. Outro é o Programa de Compostagem, que recebe resíduos domiciliares orgânicos para serem usados em adubos nas hortas urbanas.
Há ainda o Programa Ecocidadão, que remunera associações de catadores que triam resíduos da coleta seletiva. Cerca de mil catadores integram o projeto e recebem cerca de R$ 1.861 por mês.
— Os benefícios da coleta seletiva englobam economia de espaço em aterros sanitários; valorização comercial dos materiais recicláveis, pois não há contaminação dos resíduos; economia de recursos naturais e geração de emprego e renda — enumera o diretor de Limpeza Pública de Curitiba, Edelcio Marques dos Reis.
A meta agora é elevar o índice de reciclagem para 30% e aumentar a quantidade de catadores envolvidos na coleta seletiva.
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Florianópolis também se destaca na reciclagem, com índice superior a 10%. A meta é chegar a 60% em 2030. Com programas de tratamento de resíduos, a cidade deixa de gastar R$ 4,6 milhões anuais com aterros sanitários e usa o dinheiro para remunerar 76 trabalhadores pelo serviço de triagem dos materiais. O valor pago por tonelada triada é de R$ 72,23.
— A remuneração dos catadores conta ainda com recursos da venda de recicláveis secos, logística reversa e créditos de reciclagem — diz a coordenadora da área de resíduos sólidos na Secretaria de Meio Ambiente de Florianópolis, Karina Souza.
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