Grande sonho da torcida, o projeto do estádio do Flamengo deu um passo importante, neste domingo (23), rumo à sua concretização, depois que o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), anunciou que realizará a desapropriação do terreno do Gasômetro, onde deverá ser construída a nova arena. O que muita gente não sabe é que, em diferentes aspectos, o ambicioso empreendimento para 80 mil espectadores idealizado pela diretoria rubro-negra tem como inspiração alguns dos principais palcos do futebol europeu, como o Santiago Bernabéu, do Real Madrid, o Signal Iduna Park, do Borussia Dortmund, e a Allianz Arena, do Bayern de Munique.

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Muralha rubro-negra

A diretoria do Flamengo já declarou algumas vezes que idealiza um estádio que, além de comportar muitos torcedores, tenha um aspecto que intimide os adversários. E, para Rodolfo Landim, a chave para isso está na verticalidade das arquibancadas. No ano passado, em entrevista ao GE, o presidente usou o estádio do clube alemão Borussia Dortmund como um exemplo a ser seguido no projeto. O Signal Iduna Park, tem capacidade para 81.365 espectadores, e é conhecido pelo "paredão amarelo".

— Lá tem a muralha amarela, o torcedor fica em cima. O estádio tem que ser grande. Não podemos pensar pequeno — disse Landim à época.

Arquitetura inspirada nos galácticos

A ideia foi mantida, mas a diretoria passou a indicar que a estrutura do estádio, entretanto, deve seguir um modelo mais "ambicioso", com arquitetura inspirada no Santiago Bernabéu, em Madrid. Recentemente, a arena do Real Madrid passou por uma grande reforma de modernização que ampliou sua capacidade de 81.044 para 84.744.

— Quando você usa o Maracanã, ele tem um desenho mais antigo, um desenho aberto. É parecido com os estádios antigos, nos quais você tinha ainda uma pista em volta. E a ideia é que seja um estádio bem mais encaixado. Um exemplo é o do Real Madrid, um estádio bem mais vertical”.

Modelo alemão

O Flamengo prevê a necessidade de investimentos na casa de R$ 2 bilhões para a construção do novo estádio. E é aí que a Allianz Arena, do alemão Bayern de Munique, figura também como uma terceira inspiração para o projeto. A diretoria vê a venda do naming rights como a melhor possibilidade para levantar parte do dinheiro, de forma que o clube não tenha endividamento e não prejudique o investimento no futebol.

O clube alemão abriu uma empresa homônima à associação civil e vendeu participações minoritárias para três companhias alemãs, com as quais mantém parcerias de longo prazo: Adidas, Allianz e Audi, que têm 8,3% cada da SAF, enquanto a associação preserva 75% e o controle. Landim já se reuniu na Europa com possíveis investidores.