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Atração do Rock in Rio Lisboa, Pedro Sampaio diz que novo álbum será trabalho de um 'astro revolucionário'
‘São duas palavras megalomaníacas’, reconhece DJ e carioca, que faz tour pela Europa e volta para preparar novo álbum, com o qual pretende ganhar o Brasil e o mundo
Surgido no seio do funk e um dos maiores criadores de hits do pop brasileiro atual (“Sentadão”, “Pocpoc”, “Cavalinho”, “Galopa” soam por si), neste mês Pedro Sampaio subiu mais um degrau em sua carreira. Após uma turnê europeia que começou semana passada em Londres, o carioca de 26 anos toca domingo (23) em Portugal como uma das atrações principais do Rock in Rio Lisboa.
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Mesmo já tendo lotado arenas lusas em outras ocasiões, é a primeira vez do DJ e produtor na versão portuguesa do festival, que acontece neste fim de semana. Na edição carioca, ele se apresentará no dia 19 de setembro (o evento ocorre também nos dias 13, 14, 15, 20, 21 e 22 daquele mês).
— Estou muito feliz por representar o funk, a nossa música brasileira, em Portugal. Me sinto muito acolhido pelo público de lá. “Dançarina” fez muito sucesso no Brasil, só que em Portugal pegou Top 1 e bateu o recorde de “Despacito” (hit global do porto-riquenho Luis Fonsi). Até hoje é a música com mais tempo no topo das paradas portuguesas — comenta Pedro.
Pedro faz 11 shows em oito países onde, exceto por Portugal, nunca tinha tocado:
— Quando a gente anunciou a turnê europeia, ainda não tinha a data de Paris (na próxima quinta-feira, dia 27). Nos comentários, a gente viu muita gente pedindo show lá, tanto em francês quanto em português. Entramos em contato com contratantes, vários não quiseram fechar, mas a gente peitou porque confia no público. Acabou que Paris foi o primeiro show a esgotar.
Com Anitta
Em Berlim (na terça), Madri (3/7) e Barcelona (4/7), Pedro Sampaio será o artista da abertura da turnê “Funk Generation”, de Anitta. Ele já estava com sua turnê europeia montada quando a amiga veio com o convite.
— Já abri dois shows dela, em Los Angeles e Miami, e vi que, quando se começa uma carreira internacional, a gente volta ao início. Em Miami eu estava tocando, devo ter passado um pouco do volume, e veio um técnico da casa, botou a mão na minha mesa e abaixou o volume. Há uns oito anos isso não acontecia comigo! Mas, querendo ou não, dá tesão, uma vontade de ir lá conquistar um novo território.
Na divisão do repertório em comum, ficou decidido: ele fica com “No chão novinha” e Anitta com “Joga pra lua” — música sua e do DJ Dennis que ele não queria gravar, mas que a cantora ouviu na casa de Dennis e adorou. Hoje, é um dos maiores hits do pop brasileiro.
— Eu achava uma música o.k., mas não queria lançar com o Dennis uma música apenas o.k. — justifica-se Pedro. — Depois, ele me mandou de volta a música já com a voz da Anitta. A música nota 6, com a voz da Anitta, virou nota 10.
A “nova era” que Pedro Sampaio espera iniciar a tempo do Rock in Rio carioca será marcada por um novo álbum, que ele define como o trabalho de um “astro revolucionário” — consciente do peso da expressão:
— Claro que são duas palavras megalomaníacas. Mas “Pocpoc” ter sido a primeira música de temática bissexual a pegar Top 1 do Brasil é um ato de astro revolucionário. Ter assumido a minha sexualidade foi uma atitude revolucionária.
Em março do ano passado, Pedro fez o que chamou de “chá de revelação”, no festival Lollapalooza: durante um cover de “Toda forma de amor”, de Lulu Santos, ele fez exibir no telão imagens de várias pessoas declarando a sua sexualidade. A última foi dele mesmo, com a legenda “bissexual”. Desde então, ele e Lulu se tornaram grandes amigos (Pedro remixou “Tempos modernos” para o disco “Atemporal”) e o DJ assumiu o namoro com o modelo e atleta Henrique Meike (que viajou com ele para a Europa).
— Minha evolução profissional caminhou junto com a minha evolução pessoal, mas em vários momentos elas se desequilibraram — assume. — Isso é cruel, porque todo LGBT, quando está se entendendo, tem essa sensação de estar escondendo algo. Quando a revelação aconteceu, tirei esse peso e comecei uma nova história com muito mais verdade.
‘Batida não tem língua’
Junto com Anitta, Ludmila e Luísa Sonza, Pedro Sampaio diz se ver hoje “na linha de frente dos artistas que vão representar a nossa música urbana lá fora”.
— Enquanto DJ e produtor, uma das coisas mais importantes para mim é a batida. A batida não tem língua, ela é sentimento, você ouve o grave e tem vontade de dançar. Então é ela que ajuda a tornar a música global — explica ele, em meio a uma busca incessante de artistas para colaborar no próximo disco. — É brincadeira o que estou mandando de mensagem em espanhol, em inglês, para o Egito, para a Índia. Estou tendo uma conversa muito avançada com o (astro colombiano do reggaeton) J Balvin. Isso sem esquecer das colaborações com brasileiros. Quero trazer alguns que ainda não têm grande visibilidade, mas merecem ter.
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