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Família mais rica do Reino Unido, com fortuna de R$ 256 bi e julgada por tráfico humano, gastou mais com pet que com funcionários

Família Hinduja teria gasto R$ 54 mil gastos em um ano com o cachorro, enquanto os funcionários recebiam US$ 8, o equivalente a R$ 43, por 18 horas de trabalho diárias

Agência O Globo - 19/06/2024
Família mais rica do Reino Unido, com fortuna de R$ 256 bi e julgada por tráfico humano, gastou mais com pet que com funcionários
Foto: Reprodução / internet

Quatro membros da família mais rica do Reino Unido estão sendo julgados na Suíça, alvos de acusações de exploração e tráfico humano. Os Hinduja, que tem uma fortuna avaliada em R$ 256 bilhões (US$47 bilhões), gastavam mais dinheiro com o cachorro de estimação da família do que com os funcionários. O julgamento teve início nesta segunda-feira.

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Os Hinduja teriam levado funcionários indianos para o país europeu, confiscado seus passaportes e pagado quantias mínimas como salário. Em contrapartida, na audiência desta semana, o promotor suíço Yves Bertossa chegou a comparar os R$ 54 mil gastos em um ano com o cachorro da família, com os valores pagos aos empregados.

Prakash e Kamal Hinduja, juntamente como o filho Ajay e sua mulher Namrata, são donos de uma vila na comuna de Colônia, em Genebra. Vindos da Índia para cuidarem de crianças e dos afazeres domésticos da residência, os funcionários recebiam US$ 8, o equivalente a R$ 43, por 18 horas de trabalho diárias.

Com os passaportes confiscados, eles tinham pouca liberdade para deixar a residência. Segundo a BBC, um acordo já foi feito na Justiça entre a família e os ex-funcionários. No entanto, o processo por tráfico humano segue em andamento. Os advogados de defesa argumentam que os valores baixos dos salários devem ser contextualizados, já que os funcionários recebiam comida e acomodações gratuitas.

De acordo com a BBC, as acusações de tráfico humano, baseadas no confisco dos passaportes e nas proibições impostas aos funcionários de deixar a residência familiar, podem levar a prisão dos envolvidos. O promotor Bertossa pede até cinco anos e meio de prisão e ainda exige milhões de dólares em indenização às vítimas.