Política
8 de janeiro: PGR rejeita acordo e denuncia ex-primeira-dama da Paraíba
Pâmela Bório apareceu em fotos e vídeos durante atos golpistas

A Procuradoria-Geral da República ( PGR) denunciou Pâmela Bório, ex-primeira-dama da Paraíba, pela participação nos atos golpistas do 8 de janeiro. A PGR rejeitou a possibilidade de fechar um acordo com Bório, como havia sido solicitado pela sua defesa, por considerar que ela foi "executora material" dos atos.
Pâmela Bório apareceu em vídeos e fotos na Praça dos Três Poderes, durante a manifestação golpista. Ela foi casada com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT). Em 2022, concorreu a deputada federal pelo PSC e ficou como suplente. Após a repercussão de sua participação nos atos, ela divulgou nota afirmando que estava realizando uma "cobertura jornalística".
A ex-primeira-dama foi denunciada pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A denúncia será analisada pelo Supremo Tribunal Federal ( STF).
No ano passado, a PGR solicitou que a tramitação do caso fosse paralisada para a negociação de um possível acordo de não persecução penal, já que Bório era suspeita de cometer incitação ao crime. Essa medida tem ocorrido com os que foram presos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. No início do mês, ela informou ao STF ter interesse no acordo.
Agora, entretanto, a PGR afirmou que o acordo é "inviável" devido à sua "configuração como executora material dos atos antidemocráticos". A denúncia diz que um relatório "confirmou o teor antidemocrático das postadas da denunciada, que participou dos atos de violência acompanhada de seu filho menor de idade". É destacado um vídeo em que Bório afirma: "não vamos entregar o nosso país sem luta".
"As imagens comprovam, ainda, a presença da denunciada em área de acesso restrito do Congresso Nacional, no momento da invasão e depredação ocorrida em 8.1.2023. É incontroversa, portanto, a presença da denunciada nos atos antidemocráticos de 8.1.2023, no momento em que ocorria a invasão e depredação dos espaços públicos", diz o texto.
Também foi solicitado o bloqueio de recursos da ex-primeira-dama, para garantir a recuperação dos prejuízos causados nas sedes dos Três Poderes, calculados em R$ 26 milhões.
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