Os promotores uruguaios encerraram a investigação sobre o técnico de futebol Ricardo Caruso Lombardi, que deixou seu clube no mês passado em meio a acusações de ter proferido insultos raciais contra um árbitro, disse uma fonte judicial à AFP nesta segunda-feira. Caruso Lombardi, um argentino de 62 anos, supostamente usou um palavrão e calúnia racial contra Javier Feres depois que o árbitro o expulsou por reclamação quando um jogador foi expulso durante uma partida da primeira divisão em Montevidéu, em maio.

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Horas depois, o técnico do Miramar Misiones pediu desculpas em sua conta no X (antigo Twitter), dizendo estar “envergonhado” pelo que disse. A promotoria abriu uma investigação sobre suposto incitamento ao ódio e solicitou testemunhas e vídeos do incidente.

Na segunda-feira, uma fonte disse à AFP que o procurador desistiu da investigação porque os alegados acontecimentos “não constituíam um crime”. A Federação Uruguaia de Futebol (AUF) condenou “enfaticamente” as supostas declarações de Caruso Lombardi e disse que tomaria medidas disciplinares.

A Associação Uruguaia de Árbitros de Futebol (Audaf) exigiu uma punição “da maior severidade possível”, e o grupo afro-uruguaio Atabaque pediu uma ação “exemplar”. Em entrevista à Rádio Sport 890, Caruso Lombardi negou ser racista.

Seu advogado, Jorge Barrera, disse nesta segunda-feira que as partes chegaram a um acordo extrajudicial, do qual ele não forneceu detalhes.