Internacional
Escassez de neve no Himalaia ameaça abastecimento de água de 25% da população mundial; entenda
Baixo acúmulo de neve na cordilheira preocupa especialistas e milhares de pessoas dependem desta fonte de água.
Um quarto da população mundial, que depende do degelo do Himalaia para seu abastecimento de água, enfrenta forte risco de escassez este ano devido à significativa diminuição das nevascas no topo da cordilheira, localizada na Ásia, alertaram cientistas nesta segunda-feira. A neve e o gelo do Himalaia são uma fonte de água essencial para os 240 milhões de pessoas que vivem nas regiões montanhosas e para um bilhão e meio de pessoas que habitam suas bacias em vários países, segundo um relatório do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (Icimod, em inglês).
Afeto X dívidas: Argentinos vendem joias de família para enfrentar crise econômica e pagar contas
— Trata-se de um sinal de alerta para os pesquisadores, os responsáveis políticos e as comunidades que vivem abaixo da cordilheira — disse o autor do relatório, Sher Muhammad, do Icimod, com sede no Nepal.
Na região, o derretimento contribui com aproximadamente um quarto do volume total de 12 grandes bacias hidrográficas que nascem em altitudes elevadas, de acordo com o relatório da organização.
— O menor acúmulo de neve e a flutuação dos níveis aumentam consideravelmente o risco de escassez de água, especialmente este ano — ressaltou Muhammad.
Baixa persistência da neve no solo
O relatório mediu o tempo que a neve permanece no solo e concluiu que, este ano, os níveis diminuíram em quase um quinto do normal em toda a região de Hindu Kush, na cordilheira que leva o mesmo nome no Paquistão e no Afeganistão, assim como na região do Himalaia.
— Este ano, a persistência da neve (que está 18,5% abaixo do normal) é a segunda mais baixa dos últimos 22 anos, logo após o recorde de 19% estabelecido em 2018 — indicou Muhammad à AFP.
Além do Nepal, a organização inclui Afeganistão, Bangladesh, Butão, China, Índia, Mianmar e Paquistão. De acordo com a entidade, que tem monitorado a neve na região há mais de 20 anos, o ano de 2024 é particularmente incomum.
A bacia do Ganges, que atravessa a Índia, apresenta a persistência da neve mais baixa já registrada pelo Icimod, 17% abaixo da média. No Afeganistão, por sua vez, a bacia do rio Helmand também registrou seus segundos níveis mais baixos de persistência da neve, o equivalente a 32% abaixo do normal. Já a bacia do rio Indo caiu 23% em relação ao normal, enquanto a do Brahmaputra, que chega a Bangladesh, registrou uma persistência da neve de 15%, “notavelmente inferior ao normal".
Mais lidas
-
1ESCÂNDALO NO CSE
Presidente José Barbosa responde a áudios vazados e acusações de divisão de receitas do clube
-
2EUA
Kamala Harris tem pior resultado entre democratas nos últimos 20 anos com gastos recordes, diz mídia
-
3A REVANCHE
CSE sob ameaça de intervenção: advogado entra com pedido de administração judicial e suspensão de recursos públicos e privados ao clube
-
4ACIDENTE
Adolescente morre ao perder controle de motocicleta em Arapiraca
-
5ESCÂNDALO NO CSE
Áudio de Ibson Melo escancara crise no CSE: acusações contra Carlos Guruba agitam bastidores do clube; ouça o áudio aqui