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Medo do dentista? Estudo comprova que jovens ficam mais estressados com anestesia e cirurgias invasivas na boca

Alto movimento das mãos e transpiração intensa são algum dos sintomas do medo no consultório odontológico

Agência O Globo - 15/06/2024
Medo do dentista? Estudo comprova que jovens ficam mais estressados com anestesia e cirurgias invasivas na boca

Pesquisadores da Universidade de Gotemburgo testaram uma técnica para monitorar os níveis de estresse em jovens de 14 a 16 anos durante um tratamento dentário e perceberam que não é frescura, mas eles realmente ficam mais estressados com os anestésicos injetados na boca antes de uma extração dentária.

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Os resultados do estudo, que ainda é piloto, foram apresentados durante o congresso em curso da Academia Europeia de Odontopediatria (EAPD) em Gotemburgo.

“Nem sempre pacientes crianças e adolescentes têm capacidade ou confiança suficiente para transmitir experiências negativas durante o tratamento odontológico. Paralelamente a isso, sabemos que um número significativo deles considera os exames odontológicos invasivos e estressantes, seja por medo ou dor”, diz Larisa Krekmanova, pesquisadora em odontopediatria, pedodontia, na Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo.

O estudo incluiu 34 pacientes que foram submetidos a um exame odontológico regular (20 pacientes) ou a tratamento invasivo (14 pacientes) envolvendo injeções anestésicas e extração de molares saudáveis, muitas vezes em várias consultas, em conjunto com tratamento ortodôntico.

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Durante o tratamento, os participantes colocaram em suas mãos um dispositivo para coletar dados sobre os movimentos e o suor medidos por meio das propriedades elétricas da pele.

Os resultados mostram que os participantes que realizaram exames dentários regulares apresentaram picos de estresse dispersos, enquanto aqueles que foram submetidos a tratamento invasivo ficaram significativamente mais estressados durante períodos mais longos, todos seguindo um padrão claro.

Algum estresse já era registrado quando o dentista colocava as mãos na boca do paciente e era examinado no espelho. No entanto, esses níveis de estresse dispararam quando a anestesia foi administrada. É quando os movimentos das mãos e a transpiração atingem o pico.

Durante a extração do dente, os movimentos das mãos diminuíram um pouco enquanto a transpiração intensa continuava.

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“As crianças e os adolescentes têm mais medo de intervenções invasivas e agora temos uma imagem do estresse causado por essas diversas intervenções. No futuro, a capacidade de usar o dispositivo em tempo real pode ajudar os profissionais a monitorarem os níveis de estresse e, talvez, a fazer uma pausa”, afirma Claudia Jaldin, dentista da clínica odontológica pública de Kvillebäcken, Gotemburgo, que também realizou o estudo.