Nove vezes campeão da Copa América, o Brasil abre hoje, em amistoso contra o México, mais um ciclo da competição continental. O jogo, às 22h (de Brasília) no Kyle Stadium, em College Station, no Texas, será o primeiro de dois, com um confronto diante dos Estados Unidos, na quarta-feira. Oportunidade de ouro para jogadores da segunda lista de convocados de Dorival Júnior se credenciarem como “convocáveis” à Copa do Mundo de 2026.

Em levantamento do GLOBO, a competição continental aparece como um “celeiro” de nomes para os mundiais. Nos últimos quatro ciclos de Mundial, pelo menos dez nomes de cada elenco já tinham disputado a edição ou uma das duas edições que aconteceram durante o ciclo de Copa. A Copa América costuma ser, também, um palco importante para a revelação de novidades na seleção.

Dos 26 nomes que estavam no Mundial do Catar, em 2022, por exemplo, 17 disputaram o torneio de 2021 da Copa América, a segunda daquele ciclo, comandado por Tite, após 2019.

Alisson, Ederson, Weverton, Alex Sandro, Danilo, Eder Militão, Marquinhos, Thiago Silva, Casemiro, Fabinho, Everton Ribeiro, Fred, Lucas Paquetá, Gabriel Jesus, Neymar, Richarlison e Vinicius Júnior “passaram no vestibular” do ano de 2021, que, pela proximidade da Copa, serviu como consolidação do grupo. O Brasil terminou campeão em 2019 e vice em 2021. As duas edições aconteceram para equiparação de calendário com a Eurocopa.

Hoje, esse aspecto de testes ganha ainda mais força, uma vez que o técnico Dorival Júnior pretende utilizar um time alternativo, segundo o site ge. Ele deixará a escalação principal para o confronto diante dos americanos, dando chances a atletas como Guilherme Arana, Yan Couto, Bremer, Pepê e Gabriel Martinelli.

Assim como Pepê e Éderson, Bremer foi um dos três convocados após a liberação de aumento na lista pela Conmebol. Na última quarta-feira, o zagueiro da Juventus-ITA admitiu que a concorrência na posição, que tem nomes como Marquinhos, Eder Militão e Gabriel Magalhães — os dois primeiros, como ele, presentes na última Copa —, é difícil, mas quer brigar pelo espaço:

— Venho trabalhando para isso desde quando cheguei na Juventus há dois anos. Acredito, sim, que estou preparado para essa oportunidade. Acho que não vou partir como titular, mas estarei preparado — afirmou ele, com elogios aos companheiros:

— A zaga é uma das posições mais difíceis, todos os jogadores estão em grandes clubes, Premier League, Real Madrid, Juventus. Vai ser uma briga sadia. Quem o Dorival Júnior optar para ser titular vai servir bem à seleção. São grandes zagueiros, em grandes clubes.

Quatorze novidades

No total, o grupo da Copa América tem 14 nomes novos em relação ao elenco que esteve no Catar: os goleiros Rafael e Bento, os laterais Wendell, Yan Couto e Guilherme Arana, o zagueiro Gabriel Magalhães, os meias Andreas Pereira, Douglas Luiz, Éderson e João Gomes, e os atacantes Endrick, Evanilson, Pepê e Savinho.

— Eu já posso dizer que eu me sinto mais um meia do que um ponta jogando no Porto. Principalmente no final da temporada, fiz mais jogos de meia [...] Desde o momento que cheguei na Europa, eu venho atuando em outras posições. Isso foi me ajudando a entender o jogo de uma maneira totalmente diferente — explicou Pepê, jogador do Porto e ex-Grêmio, que atua também como meia, uma função que sempre passou por dúvidas nos últimos anos da seleção. Chegou a ter Neymar e Rodrygo no último ciclo. Com Dorival, Pepê treinou como opção a Lucas Paquetá.

O Brasil estreia na Copa América no próximo dia 24, contra a Costa Rica. A seleção stá no Grupo D, que também tem Paraguai e Colômbia.