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Quadro pintado por Bob Dylan em 1968 é vendido por R$ 1 milhão após cantor trocá-lo por mapa astral

Tela seria uma das primeiras produzidas pelo músico e foi redescoberta recentemente, diz casa de leilões

Agência O Globo - 30/05/2024
Quadro pintado por Bob Dylan em 1968 é vendido por R$ 1 milhão após cantor trocá-lo por mapa astral

Os anos em Woodstock, em Nova York, deram a Bob Dylan grande inspiração para pintar também. Por volta de 1968, o Nobel de Literatura produziu um quadro com formas abstratas, que mostram o que se assemelha a um touro e outras imagens irreconhecíveis. Esta tela foi arrematada em um leilão por cerca de R$ 1 milhão - anteriormente ela havia sido usada como moeda na troca por um mapa astral).

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A casa de leilões RR Auction, sediada em Boston, no estado de Massachusetts (EUA), classifica esta obra como “incrivelmente rara” e um “tesouro inédito”, uma das primeiras produzidas pelo músico. A pintura traz ainda o contorno vermelho de um homem com um chapéu de aba, o que foi identificado como o próprio estilo de Dylan durante o período em Woodstock. A tela está assinada discretamente no verso com notas musicais desenhadas abaixo.

A obra, de acordo com a casa, foi arrematada por US$ 196 mil — um valor que pode chegar a pouco mais de R$ 1 milhão, conforme a cotação atual. O valor é ainda explicado pela RR Auction, que diz que “pouquíssimas obras iniciais de Dylan são conhecidas, e ainda menos foram oferecidas em leilão”.

De acordo com a casa de leilões, o cantor ofereceu a obra a uma cartomante, Sandy LePanto, em troca de um mapa astral: “Sandy não era apenas uma das mulheres mais bonitas de Woodstock em uma época em que havia muitas. Ela era uma mística, uma canalizadora, uma leitora de estrelas e fazia mapas astrais para seus amigos”, diz a escritora Anne Margaret Daniel, em comunicado divulgado pela RR Auction. “Mitologias a fascinavam, e ela lia amplamente e profundamente nas lendas de muitas culturas”, continua.

A casa de leilões afirma que a pintura permaneceu na família de Sandy desde então e foi redescoberta recentemente como parte do espólio do ex-marido dela, Anthony Lepanto.

Anos depois, Dylan continuou a trabalhar como artista visual. Publicou, por exemplo, a série "Drawn Blank", uma autobiografia visual de 1994, além das pinturas "Deep Focus", concluídas durante a pandemia e que estão disponíveis no site do cantor.