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Acusada de transfobia, autora de 'Harry Potter' lamenta não ter falado 'antes' sobre pessoas trans
J.K. Rowling escreveu artigo para jornal britânico no qual insiste que os direitos das mulheres podem ser ameaçados por reivindicações das pessoas trans

J. K. Rowling, autora de " Harry Potter", disse nesta quarta-feira (29) que lamenta não ter emitido antes sua opinião sobre os direitos das pessoas trans. A escritora, frequentemente acusada de transfobia, fez a afirmação em um artigo para o jornal britânico The Times.
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Rowling, de 58 anos, que vive na cidade escocesa de Edimburgo, tem sido criticada desde 2018, quando afirmou que os direitos das mulheres podem ser ameaçados por reivindicações das pessoas trans.
"Falei porque, caso contrário, teria ficado envergonhada pelo resto da vida. Meu único arrependimento é não ter falado muito antes", diz um trecho do artigo de Rowling publicado na coletânea "The Women Who Wouldn't Wheesht", que reúne ensaios de várias mulheres escocesas escritos para o Times.
A autora explica que passou a acreditar que o "movimento sociopolítico que insistia que mulheres trans são mulheres não era nem bem-intencionado nem tolerante, mas era na verdade profundamente misógino, regressivo, perigoso nos seus objetivos e autoritário nas suas táticas".
Rowling acrescenta que, a princípio, acompanhou essa luta de longe, porque as pessoas próximas a ela "imploravam para que não falasse sobre isso", mas que estava determinada a falar.
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Embora negue ser transfóbica, as controvérsias provocadas por suas posições mancharam, para alguns, a aura que Rowling alcançou como escritora de origem modesta que desfrutou do sucesso global, com mais de 600 milhões de livros vendidos do mundo mágico de Harry Potter.
A autora foi confrontada com pedidos de boicote, como em 2023, durante o lançamento de um jogo inspirado em Harry Potter.
O ator Daniel Radcliffe, que interpretou Harry Potter na versão cinematográfica, foi um dos que se distanciou publicamente dela. No início de maio, Radcliffe disse que sua briga com Rowling foi "muito triste".
Referindo-se a essas polêmicas, J. K. Rowling afirma que "ninguém que tenha vivido uma onda de ameaças de morte e estupro lhe dirá que é divertido", criticando também a falta de "pensamento crítico" sobre as questões transgênero.
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