Internacional
Parlamento francês sanciona deputado com pena máxima por exibir bandeira da Palestina
Político terá que cumprir 15 dias de afastamento, além de ficar dois meses sem receber subsídios parlamentares

A Assembleia Nacional da França (Câmara Baixa) determinou nesta terça-feira uma punição máxima ao deputado Sébastien Delogu, do partido A França Insubmissa (LFI), que mostrou uma bandeira palestina durante uma sessão parlamentar. A oposição de esquerda foi contra a pena imposta, que inclui 15 dias de afastamento e dois meses sem salários.
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No Parlamento, Degolu provocou a revolta de deputados de direita ao praticar o gesto que o levou a ser punido enquanto um ministro respondia a uma pergunta de outra deputada esquerdista sobre o bombardeio israelense em Rafah, na Faixa de Gaza.
A presidente da Assembleia, Yael Braun-Pivet, então suspendeu uma reunião e convocou a mesa diretora da Câmara Baixa. Com os votos favoráveis dos governistas de direita e extrema direita, decidiram sancionar o deputado.
— Balançando uma bandeira palestina, o presidente (Emmanuel Macron) finalmente acordará e dirá que tem que deixar de vender armas a Israel e pedirá o reconhecimento do Estado da Palestina? — disse Delogu à imprensa após seu ato.
O incidente aconteceu na semana passada, no mesmo dia em que Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram formalmente o Estado da Palestina, na tentativa, de acordo com essas nações, de contribuir para a paz. A França não seguiu o mesmo caminho, ao avaliar que ainda não é a hora certa.
A aliança de centro que compõe o governo Macron ainda não decidiu sobre o reconhecimento. Questionado pela deputada ecologista Cyrielle Châtelain sobre uma possível decisão, o primeiro-ministro, Gabriel Attal, preferiu não se posicionar, o que só reforça a dúvida.
Em sua resposta, Attal acusou, no entanto, a parlamentar de não "pedir claramente" a "liberação" dos reféns nas mãos do movimento islamista palestino Hamas, embora Châtelain tenha começado sua intervenção pedindo tal libertação.
Os conflitos no Oriente Médio desencadearam tensões na França, que conta com a maior comunidade judaica da Europa e milhões de muçulmanos.
O último incidente acontece em plena campanha para as eleições para o Parlamento Europeu, previstas para 6 a 9 de junho. A situação em Gaza é um dos eixos de campanha para a LFI, que conta em sua lista de candidatos com a jurista franco-palestina Rima Hassan.
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