Internacional
Zelensky consegue novo apoio financeiro da UE, e Putin ameaça ocidente
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recebeu nesta terça-feira, 28, uma segunda promessa de ajuda militar de US$ 1 bilhão, em sua viagem por três países da União Europeia para angariar novos apoios. Enquanto isso, o presidente Vladimir Putin alertou que atingir o solo russo com armas fornecidas pelo Ocidente poderia levar a guerra a uma possível expansão - inclusive nuclear.
Hoje, a Bélgica firmou o compromisso de fornecer à Ucrânia 30 caças F-16 nos próximos quatro anos. "Nossa tarefa é usar o primeiro F-16 no campo de batalha este ano e, dessa forma, fortalecer nossas posições", disse Zelensky.
Mais tarde, o líder ucraniano viajou para Portugal, onde disse que era importante que os apoiadores da Ucrânia não se deixassem enganar pela Rússia e não se cansassem da guerra.
Portugal é um dos países mais pobres da Europa Ocidental e tem um exército pequeno em comparação com os seus maiores parceiros da UE. A expectativa é que Portugal envie mais 126 milhões de euros em ajuda militar e financeira para Kiev, como parte de um amplo plano de cooperação. Na segunda-feira, Zelensky assinou um acordo de segurança com a Espanha que atribui 1 bilhão de euros de ajuda militar à Ucrânia em 2024 e 5 bilhões de euros até 2027.
A lenta entrega de apoio por parte dos seus parceiros ocidentais, especialmente um atraso na ajuda militar dos EUA, preocupa os ucranianos enquanto a Rússia avança com suas investidas.
Os países europeus têm discutido a possibilidade de enviar tropas de apoio para a Ucrânia. Putin alertou o Ocidente contra um envolvimento mais profundo nos combates, relembrando um possível conflito nuclear. O uso de armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente para atacar o território russo pode provocar uma escalada perigosa, disse Putin a repórteres durante uma viagem ao Usbequistão.
Os Países Baixos prometeram montar rapidamente com os principais parceiros da UE um sistema de defesa aérea Patriot, que Zelensky vê como fundamental para impedir a Rússia de atingir a rede elétrica e áreas civis da Ucrânia, bem como alvos militares. O chefe da OTAN, Jens Stoltenberg, aprovou a medida, mas insistiu que é necessário muito mais trabalho.
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