Economia
Tesouro Nacional lança olimpíada de educação financeira e vai premiar escolas públicas com até R$ 400 mil; saiba como será
Com frequência anual, a competição quer mostrar aos jovens a importância do planejamento financeiro para alcançar seus objetivos

Em mais uma ação para incentivar a poupança no país, o Tesouro Nacional lança nesta segunda-feira uma olimpíada de educação financeira para alunos das escolas públicas e privadas de todo o país. Além de medalhas para os estudantes, a Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (OLITEF) vai conceder às escolas públicas com melhores desempenhos prêmios de até R$ 400 mil, sem aporte de dinheiro público.
O trabalho dos professores e diretores dos colégios vencedores também será reconhecido, com um prêmio conjunto de R$ 40 mil em títulos do Tesouro. Com frequência anual, a competição, realizada em parceria com o Ministério da Educação e a B3, almeja ajudar os jovens a entenderem a importância do planejamento financeiro para alcançar seus objetivos, inclusive de formação profissional, e transformar o cenário financeiro no Brasil.
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A olimpíada será realizada no dia 27 de setembro, de forma presencial, nos colégios cadastrados. As escolas interessadas poderão se inscrever entre 27 de maio e 9 de setembro pelo site da competição (www.olitef.com.br).
A ideia é bater a meta de 1 milhão de participantes em um universo de quase 15 milhões de alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do 1º ano do ensino médio em todo o país. O público-alvo foi escolhido a partir do diagnóstico de que sete em cada 10 jovens no ensino médio no Brasil querem ir para faculdade, mas só três conseguem.
Nesse sentido, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, explica que o objetivo principal do OLITEF é dar aos jovens as ferramentas necessárias de planejamento financeiro para alcançar seus sonhos. Ceron destaca que a renda média das pessoas que terminam o ensino superior é o dobro de quem “fica pelo caminho”.
— Deixamos quatro jovens que queriam completar o ciclo de estudos pelo caminho. Na maior parte das vezes, é pela questão do planejamento financeiro, de não conseguir arcar com as mensalidades — diz.
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Segundo ele, a competição complementa o programa Pé de Meia, que dá incentivos financeiros para permanência e a conclusão no ensino médio.
— Tem questões sociais mais fortes, que o Pé de Meia está tentando resolver, mas o mínimo planejamento financeiro é importante para que o jovem tenha conhecimento de como usar essa poupança para de fato financiar o ciclo de estudo — completa ele, que acredita que a iniciativa pode ser a maior olimpíada educacional no Brasil.
Processo
Os professores das escolas participantes receberão formação e material didático especializado para poder passar o conhecimento para os alunos. Todos os participantes receberão certificados digitais, e os melhores desempenhos serão premiados com medalhas. Além disso, a banca avaliadora vai escolher os dois colégios públicos com melhores desempenhos em cada estado, com base no engajamento na iniciativa e na nota média na competição.
Todas as 54 escolas vencedoras dos 26 estados e do Distrito Federal vão ganhar R$ 100 mil para investir no próprio colégio e as equipes (professores e diretores) serão premiados com R$ 40 mil em títulos públicos.
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Depois, até para que se possa acompanhar a utilização dos recursos, será feita uma nova avaliação sobre os projetos que cada escola criou com o dinheiro do prêmio, analisando o benefício criado aos alunos, a mobilização da comunidade escolar, como os pais, e a contribuição para a educação financeira. Os três colégios com a melhor campanha vão ganhar mais recursos: R$ 300 mil pro 1º colocado, R$ 200 mil para o segundo e R$ 100 mil para o terceiro.
Os prêmios serão bancados com recursos da B3, como contrapartida da renovação do contrato. Outras iniciativas como essa estão a caminho, antecipa Ceron, que vem desde o ano passado lançando novidades para fomentar a educação financeira no país de forma mais leve e democratizar o acesso à poupança e ao investimento para as classes mais populares.
Em 2023, foram lançados dois títulos dedicados do Tesouro Direto, o Renda +, focado na aposentadoria, e o Educa +, justamente para preparar a família para esse gasto futuro. Segundo Ceron, no ano passado, a base de investidores aumentou 16% com os novos papeis. Atualmente, o Educa + tem 66 mil investidores e R$ 341 milhões em estoque, com tíquete médio de R$ 5 mil. No Renda +, são 81 mil investidores e R$ 2 bilhões em estoque.
Já no começo deste ano foi lançada uma parceria com o Banco do Brasil em uma campanha contra a violência doméstica, que concedia um seguro pessoal se as mulheres investissem no Tesouro Direto pela plataforma do banco.
— Deve vir na esteira quase todo mês uma novidade, casando a questão social com educação financeira — promete Ceron.
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