Internacional
Israel reconhece que ataque a Rafah atingiu civis e informa que 'incidente será investigado'
Crescente Vermelho palestino reportou um "grande número" de mortos e feridos no bombardeio israelense a um local anteriormente designado como zona humanitária.
As Forças Armadas de Israel (FDI) reconheceram, neste domingo, que um bombardeio lançado contra a região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, atingiu civis palestinos, prometendo abrir uma investigação sobre o caso. Autoridades palestinas e organizações internacionais relataram um grande número de feridos em uma área que abrigava deslocados pela guerra — na cidade de onde a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ordenou que Israel se retirasse e interrompesse operações militares, ante a crise humanitária.
"Um avião das FDI atingiu um complexo do Hamas em Rafah, onde terroristas importantes do Hamas operavam há pouco tempo. O ataque foi realizado contra alvos legítimos, ao abrigo do direito internacional, através da utilização de munições precisas e com base em informações precisas que indicavam a utilização da área pelo Hamas. As FDI têm conhecimento de relatórios que indicam que, como resultado do ataque e do incêndio que foi desencadeado, vários civis na área foram feridos. O incidente está sob análise", diz o comunicado do Exército.
O Crescente Vermelho palestino reportou um "grande número" de mortos e feridos em uma área que teria sido designada por Israel como zona humanitária perto da cidade de Rafah. Autoridades do Hamas afirmaram que ao menos 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
"As ambulâncias (...) estão transportando um grande número de mártires e pessoas feridas depois que a ocupação [israelense] atacou as tendas de campanha de pessoas deslocadas perto da sede das Nações Unidas, a noroeste de Rafah", informou o Crescente Vermelho, em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
O ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza e o comitê de emergência do governo de Rafah reportaram um bombardeio no centro de deslocados perto de Rafah. De acordo com a Defesa Civil do enclave, o centro abriga cerca de 100 mil pessoas, enquanto o Crescente Vermelho palestino destacou que o local "havia sido designado pela ocupação [israelense] como zona humanitária".
*matéria em atualização
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