Internacional
Fome em Gaza: organizações pedem reconhecimento oficial
Hamas anunciou neste domingo balanço de 35.984 mortos na guerra de Gaza. Segundo a ONU, 1,1 milhão de palestinos estão em risco iminente de alta desnutrição
Segundo o Monitor de Direitos Humanos Euro-Med, com sede em Genebra, 70 organizações (incluindo o Centro Internacional de Justiça de Genebra e a Corte de Bruxelas), estão pedindo a todas as autoridades relevantes e instituições internacionais que declarem estado de fome na Faixa de Gaza.
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O relatório da ONG diz que a insegurança alimentar está aumentando em todo o território de Gaza devido ao uso da fome por Israel como uma “arma de guerra”. De acordo com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, cerca de 1,1 milhão de palestinos estão em risco iminente de alta desnutrição.
Desde o início do conflito, Israel tem imposto obstáculos à entrada de alimentos em Gaza. O país já controlava a entrada de ajuda humanitária no território mesmo antes do conflito, mantendo há quase duas décadas um bloqueio terrestre (com a ajuda do Egito), marítimo e aéreo sobre a Faixa de Gaza. Agora, com a operação militar, Israel controla o território internamente.
“As organizações declararam que os níveis de segurança alimentar diminuíram significativamente como resultado da operação terrestre do exército israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que começou em 7 de maio e foi precedida, no dia anterior, pelo bloqueio da entrada de caminhões de ajuda humanitária através da passagem de Rafah”, diz a ONG.
Cerca de 200 caminhões de ajuda, incluindo quatro caminhões de combustível, devem entrar em Gaza no domingo através da passagem fronteiriça de Kerem Shalom, disse Khaled Zayed, chefe da Sociedade do Crescente Vermelho Egípcio no Norte do Sinai, à Reuters anteriormente.
A passagem de fronteira de Rafah, que era o principal ponto de entrada em Gaza para ajuda humanitária e suprimentos comerciais, está fechada há quase três semanas, desde que Israel assumiu o controle do lado palestino da passagem ao intensificar sua ofensiva militar na área no início de maio.
A Euro-Med diz que as autoridades de saúde registraram oficialmente 30 mortes devido à fome, e que mortes relacionadas à fome ocorrem quase diariamente, agravadas pelos bombardeios israelenses e tratamento médico inadequado.
Mais de 35 mil mortos em Gaza
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista palestino Hamas, anunciou neste domingo que 35.984 pessoas morreram desde o início da guerra com Israel, em 7 de outubro do ano passado.
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Ao menos 81 pessoas morreram nas últimas 24 horas, afirma um comunicado divulgado pelo ministério, que também menciona 80.643 pessoas feridas em mais de sete meses de guerra.
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