Economia

Atividade terá impacto de curto prazo pela tragédia do RS, mas se ajustará no ano, diz Ceron

Fernanda Trisotto, Amanda Pupo, Célia Froufe e Giordanna Neves 22/05/2024
Atividade terá impacto de curto prazo pela tragédia do RS, mas se ajustará no ano, diz Ceron
Atividade terá impacto de curto prazo pela tragédia do RS, mas se ajustará no ano, diz Ceron - Foto: Reprodução / internet

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira, 22, em entrevista coletiva de imprensa sobre o 2º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que ainda não é possível medir qual será o impacto anualizado na atividade econômica pela catástrofe no Rio Grande do Sul. Ele reconheceu que haverá efeitos negativos especialmente nos meses de maio e junho, mas destacou o direcionamento de recursos para a reconstrução do Estado, o que pode ter impactos positivos para a economia.

Também na entrevista, o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, afirmou que, por enquanto, as medidas de apoio à calamidade no Rio Grande do Sul somam quase R$ 13 bilhões, mas admitiu que deve haver alterações nos próximos relatórios.

O documento divulgado nesta quarta-feira pelo Planejamento e pela Fazenda trouxe dados sobre a abertura de créditos extraordinários para atender o Rio Grande do Sul em meio às tragédias registradas no Estado.

Os recursos somam R$ 12,9 bilhões e estão distribuídos em 11 ministérios.

"Esses R$ 13 bilhões em créditos extra vão alavancar o conjunto de apoio de quase R$ 60 bilhões, o que é quase 10% do PIB do Rio Grande do Sul. Há estímulo muito importante para reconstrução de agro, indústria, famílias, serviços. Houve suspensão do pagamento da dívida, somando R$ 11 bilhões, R$ 3,5 bilhões anuais. Isso é maior que o investimento que o Estado realiza anualmente. Vai dobrar o investimento no Estado. Então tudo isso vai gerar estímulo importante de reconstrução", disse Ceron, considerando que, por isso, é difícil avaliar se o efeito ao longo do ano será negativo ou positivo.