Economia
Brasil-EUA: Grupos nacionais reforçam presença no mercado americano
Gerdau opera há 35 anos no país, enquanto JHSF abrirá novo hotel Fasano em Miami

Companhias brasileiras de diferentes segmentos, como Gerdau, JHSF e Aegea estão atuando para ampliar a presença nos Estados Unidos, com o desafio de investir mais, enfrentar gargalos estruturais no Brasil e adaptar-se ao “ambiente cultural” americano de negócios.A produtora de aço Gerdau opera há 35 anos nos EUA e há 25 está listada na Bolsa de Nova York (Nyse).
CEO da Gerdau: 'Procuro quem tem soluções diferentes das que eu tenho'
— A América do Norte, em especial os EUA, representam hoje mais de 50% dos resultados da empresa. Tornou-se uma das áreas de maior crescimento da companhia, com 14 unidades de produção nos EUA, Canadá e México — diz Gustavo Werneck, CEO da Gerdau.
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Para quem está à procura de fechar parcerias no mercado americano, ele aponta a adaptação cultural entre os principais desafios.
— Ao longo dos últimos 35 anos, aprendemos a operar no país buscando nos aproximar da sociedade americana e nos adaptando culturalmente aos locais onde operamos. Não adianta uma empresa brasileira chegar em um país e querer levar seus costumes nativos sem entender os contextos locais — explica Werneck, que participou do Summit Valor Econômico Brazil-USA, em Nova York.
O CEO da Gerdau acredita que a falta de competitividade ainda é um dos principais entraves para o desenvolvimento da economia brasileira e a promoção de relações bilaterais mais lucrativas. A fim de impulsionar os negócios e investimentos entre os dois países, Werneck diz que o governo brasileiro tem tarefas a fazer:
— Ressalto os gargalos na oferta de infraestrutura no Brasil, que impedem o país de ser competitivo e tornar sua logística adequada. Novos investimentos precisam ser destravados para que obras públicas, como as de saneamento básico e rodovias, possam avançar.
Hotel Fasano em Miami
Augusto Martins, CEO da JHSF Participações, informa que o grupo deve inaugurar um segundo empreendimento hoteleiro nos Estados Unidos, agora em Miami, na Flórida. Ele lembra que as relações comerciais da empresa com os EUA começaram em 2021, com a inauguração do Fasano Fifth Avenue.
— Será inaugurado no próximo ano o Hotel Fasano Miami e o Fasano Londres, primeira unidade na Europa — diz Martins.
Aegea: Foco agora é o RS
A Aegea, do setor privado de saneamento básico no Brasil e que controla Águas do Rio, entre outras, investe na participação de eventos nos EUA que debatem temas como sustentabilidade. Em 2022, esteve no Brazil Climate Summit, encontro sobre clima e energia limpa idealizado na Universidade Columbia.
Agora, por enquanto, a empresa que atende a mais de 31 milhões de pessoas em 507 cidades de 15 estados está focada nas enchentes no Rio Grande do Sul, que vão demandar investimentos na companhia gaúcha Corsan, arrematada no fim de 2022.
O CEO Radamés Casseb diz que a tragédia “não muda o rumo do planejamento feito na compra da companhia”.
— O investimento para reconstruir a infraestrutura está coberto por aparatos de risco e seguros — explica.
* Para o Valor
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