Política
Em almoço com Bolsonaro, bancadas ruralista e da bala descartam acordo com governo pelo PL das Saidinhas
A orientação partiu do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente

Membros das bancadas ruralista e da bala receberam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um almoço nesta terça-feira, em Brasília, no qual ficou acordado que o bloco de deputados não irá compor acordo com o governo sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao PL das saidinhas. De acordo com parlamentares que estavam no almoço oferecido pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a orientação partiu do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente. Bolsonaro, presente, teria apenas acenado com a cabeça, em concordância. Este foi o primeiro compromisso de Bolsonaro após a alta hospitalar, na última semana.
Ao jornal Valor Econômico, o presidente da FPA, o deputado Pedro Lupion, definiu a votação sobre as saidinhas como "derrota certa para o governo".
— A questão da saidinha é uma derrota certa para o governo. Não vamos usar tema importante como esse como moeda de troca — disse o deputado do PP em referência a um possível acordo, que garantiria o veto ao projeto das Saidinhas, enquanto os governistas garantiriam a manutenção de vetos feitos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à Lei de Segurança Nacional.
No início do mês, governistas conseguiram o adiamento da análise dos vetos, o que representou uma derrota para a oposição. A nova sessão para a análise dos vetos está marcada para a próxima terça-feira.
A discussão se acalorou quando Flávio Bolsonaro pediu o adiamento da apreciação de vetos à Lei de Segurança Nacional. Entre dispositivos vetados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro estão punições para disseminação de fake news, com reclusão de 1 a 5 anos; impedir com violência atos e manifestações políticas, com reclusão de 1 a 4 anos.
O parlamentar disse que foi obrigado a aceitar o adiamento das ‘saidinhas’ para impedir uma derrota aos vetos feitos pelo seu pai na Lei de Segurança Nacional.
— Óbvio que não gostaria, mas vou ser obrigado a aceitar o acordo com o governo, para que o brasileiro mais uma vez veja neste domingo os milhares de presos saindo para visitar familiares, no feriado de Dias das Mães. Não gostaria, mas vou ser obrigado a aceitar por responsabilidade em relação à Lei de Segurança Nacional — apontou.
O texto das Saidinhas foi aprovado pelo Congresso, inclusive com votos do PT. Ao vetar, Lula faz um aceno à base de esquerda, historicamente contrária ao endurecimento penal, e um gesto de apoio ao ministro da Justiça Ricardo Lewandowski.
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