Internacional
Nações amigas e rivais oferecem ajuda ao Irã nas buscas por presidente Raisi após queda de helicóptero
O paradeiro do presidente ainda é desconhecido, embora o local exato do acidente já tenha sido identificado, segundo a agência de notícias iraniana IRNA
Vários países foram rápidos em oferecer assistência ao Irã para ajudar nas operações de busca e resgate após um helicóptero que transportava o presidente Ebrahim Raisi ter caído neste domingo. O paradeiro do presidente ainda é desconhecido, embora o local exato do acidente já tenha sido identificado, segundo a agência de notícias iraniana IRNA.
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O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, instruiu o Ministério do Interior de seu país e outras partes relevantes a oferecer ajuda na busca pelo helicóptero desaparecido, segundo Bassem al-Awadi, porta-voz do governo iraquiano.
A agência nacional de emergência da Turquia, por sua vez, informou que despachou 32 socorristas e seis veículos para ajudar na busca, embora não tenha especificado os tipos de veículos. O Irã, segundo a agência, havia solicitado um helicóptero de busca e resgate com capacidades de visão noturna.
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Em uma postagem no X (antigo Twitter), o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse: "Espero receber boas notícias de Raisi e sua delegação o mais rápido possível".
A União Europeia (UE) afirmou que ativou seu sistema de satélites Copernicus para oferecer serviços de mapeamento de emergência para ajudar as autoridades iranianas a obter uma melhor visibilidade da área onde se acredita que o acidente tenha ocorrido, de acordo com Janez Lenarcic, chefe de gestão de crises do bloco. Ele disse que a UE fez isso após um pedido de assistência do Irã.
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Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita — um rival regional que reestabeleceu relações com o Irã no ano passado, após uma separação de sete anos — disse que "está ao lado da irmã República Islâmica do Irã nestas circunstâncias difíceis e está preparada para oferecer qualquer assistência que as autoridades iranianas precisem."
O helicóptero que transportava o presidente caiu em uma parte remota do país, na região de Vazaqan, na província do Azerbaijão Oriental, de acordo com a mídia estatal iraniana, pondo em marcha uma grande operação de busca e resgate em meio ao mau tempo e neblina pesada. Mais cedo, a agência de notícias oficial IRNA havia afirmado que a aeronave havia feito um "pouso forçado", mas posteriormente uma autoridade reconheceu à agência Reuters que a vida de Raisi estava "em risco" após a "queda" em uma região de montanha perto da fronteira com o Azerbaijão.
Segundo o Tehran Times, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, o governador da província do Azerbaijão Oriental e outros funcionários e guarda-costas também estavam na aeronave, uma de três que viajava em comboio – as outras duas, segundo a BBC, teriam pousado em segurança.
O líder supremo do irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu os iranianos que "não se preocupem" com a liderança da República Islâmica, dizendo que "não haverá interrupção no trabalho do país".
— Esperamos que Deus Todo-Poderoso traga o nosso querido presidente e os seus companheiros de volta com plena saúde para os braços da nação — disse ele num discurso transmitido pela televisão nacional, enquanto fiéis muçulmanos rezavam pelo regresso seguro de Raisi.
A agência de notícias Fars também relatou pedidos para que o público orasse pelo presidente, e imagens de fiéis rezando no Santuário do Imã Reza, um dos locais mais sagrados do islamismo xiita, foram exibidas pela televisão estatal.
Raisi, 63 anos, foi eleito em 2021 e é há muito tempo uma figura proeminente no Irã. Como presidente, ele supervisiona todo o trabalho do governo e é o segundo indivíduo mais poderoso na estrutura política do Irã depois do líder supremo.
A queda ocorreu pouco mais de um mês após o Irã ter lançado um ataque sem precedentes com drones e mísseis contra o território israelense. É também o momento em que o país enfrenta um histórico de protestos em massa contra sua teocracia xiita devido a uma economia com dificuldades e aos poucos direitos das mulheres — o que torna o momento sensível para Teerã e para o futuro do país. (Com New York Times.)
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