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Primeiro-ministro da Eslováquia é considerado 'fora de perigo' após tentativa de assassinato a tiros, diz vice

Roberto Fico foi baleado em uma articulação do braço e no abdômen durante um ataque

Agência O Globo - 19/05/2024
Primeiro-ministro da Eslováquia é considerado 'fora de perigo' após tentativa de assassinato a tiros, diz vice

A vida do primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, não está mais em risco, assegurou neste domingo seu vice-primeiro-ministro, Robert Kalinak, após a tentativa de assassinato que sofreu esta semana. Fico, de 59 anos, está hospitalizado desde quarta-feira, quando um homem atirou nele quatro vezes, uma delas no abdômen.

“Sua vida não está mais em risco, mas seu estado ainda é grave e requer cuidados intensivos”, declarou Kalinak à imprensa.

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O premiê eslovaco passou por uma operação de cinco horas na quarta-feira e por outra de duas horas na sexta-feira.

"Podemos considerar que seu estado é estável, com um prognóstico positivo", disse Kalinak em frente ao hospital.

O suposto autor dos disparos, identificado pela mídia eslovaca como o poeta Juraj Cintula, de 71 anos, foi acusado de tentativa de assassinato premeditado e colocado em prisão preventiva no sábado.

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Fico foi baleado quando ia cumprimentar seus partidários após uma reunião do governo na cidade mineradora de Handlova, no centro do país.

Kalinak afirmou que Fico sofreu quatro ferimentos a bala, sendo um deles grave.

O ministro do Interior, Matus Sutaj Estok, disse que se um dos tiros "tivesse acertado alguns centímetros mais acima, teria atingido o fígado do primeiro-ministro".

Fico, que esteve à frente do governo entre 2006-2010 e 2012-2018, ocupa novamente o cargo de primeiro-ministro desde que seu partido populista de centro, o Smer-SD, venceu as eleições gerais no ano passado.

Ele obteve este novo mandato após fazer campanha com propostas de paz entre Rússia e Ucrânia, país vizinho da Eslováquia, e prometer o fim do envio de ajuda militar a Kiev, o que cumpriu após ser eleito.

A tentativa de assassinato causou grande comoção no país de 5,4 milhões de habitantes, membro da UE e da OTAN, que vive uma forte divisão política há anos.