Internacional

Polícia mata homem armado que tentava incendiar sinagoga na França

País tem a maior comunidade judaica da Europa e registrou aumento de atos antissemitas

Agência O Globo - 17/05/2024
Polícia mata homem armado que tentava incendiar sinagoga na França
Polícia mata homem armado que tentava incendiar sinagoga na França - Foto: Reprodução / internet

A polícia francesa matou um homem armado que tentava atear fogo a uma sinagoga em Rouen, no noroeste do país, nesta sexta-feira. O fato foi anunciado pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin.

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Às 6h45 (horário local), a polícia recebeu um alerta sobre fumaça perto da sinagoga, que fica no centro histórico de Rouen, informou uma fonte das forças de segurança.

“Um indivíduo ateou fogo à sinagoga de Rouen”, disse o procurador da cidade, Frédéric Teillet, antes de informar que o homem teria ameaçado “policiais e bombeiros”.

“Depois, ele ameaçou um policial com uma faca. O agente utilizou sua arma e o indivíduo morreu”, disse o promotor.

A França, que tem a maior comunidade judaica da Europa, registrou um aumento dos atos antissemitas desde o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, em resposta ao ataque executado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino Hamas em território israelense.

No início de maio, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, anunciou que o número de atos antissemitas cresceu 300% no primeiro trimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023.

Segundo uma fonte que pediu anonimato, o suspeito de Rouen "estava armado com uma faca e com uma barra de ferro".

O homem "queria manifestamente incendiar a sinagoga da cidade", escreveu Darmanin na rede social X. O ministro felicitou os policiais por sua "reação e coragem".

A justiça abriu duas investigações: uma por incêndio contra um local de culto e "violência voluntária" contra funcionários públicos, e a segunda pela morte do homem.

As autoridades não identificaram o agressor até o momento.

O rabino Chmouel Lubecki afirmou que a comunidade judaica de Rouen, que tem entre 150 e 200 famílias, está "em choque" e espera que o ataque não tenha afetado os Livros da Torá, a obra "mais importante na sinagoga".