Internacional

Cidade do México supera fase crítica de alerta de poluição, que durou três dias

Acúmulo de ozônio fez até refinaria de petróleo funcionar a 75% da sua capacidade

Agência O Globo - 17/05/2024
Cidade do México supera fase crítica de alerta de poluição, que durou três dias
Cidade do México supera fase crítica de alerta de poluição, que durou três dias - Foto: Reprodução / internet

A Cidade do México superou, nessa quinta-feira, um dos seus mais longos alertas de poluição, que obrigou a retirar de circulação mais de 20% dos automóveis durante três dias consecutivos.

A Comissão Ambiental da Megalópole (CAMe), da qual participam autoridades da capital e dos estados vizinhos, declarou na noite da última segunda-feira a chamada “fase contingencial 1” e a suspendeu na tarde de quinta-feira.

Recorde de calor no México leva 27 pessoas à morte em uma semana, aponta jornal local

Queimadas na África agravam onda de calor no Sudeste brasileiro

“Fica suspensa a contingência ambiental atmosférica devido ao ozônio e suas medidas”, informou o CAMe em seu boletim vespertino.

No âmbito do alerta, o mais longo em cinco anos, de acordo com a matrícula e ano de fabricação do veículo, foi proibida a circulação de mais de 20% da frota de veículos composta por cerca de 6,5 milhões de unidades, segundo dados oficiais.

As atividades industriais também foram reduzidas, as obras públicas foram suspensas e uma refinaria da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), localizada a cerca de 80km da capital, no estado de Hidalgo, funcionou a 75% da sua capacidade.

A megacidade, onde vivem cerca de 22 milhões de habitantes, incluindo os subúrbios da capital, foi afetada nos últimos dias por um sistema de alta pressão que resultou em altas temperaturas e pouco vento, o que impediu a dispersão de poluentes.

Mas as condições atmosféricas mudaram nas últimas horas, permitindo “uma maior velocidade do vento em comparação com os dias anteriores e um influxo de humidade” do Pacífico.

Abril e maio estão entre os meses com maior concentração de poluentes, por serem os períodos mais quentes da megacidade. Este ano, as temperaturas bateram recordes, com dois máximos históricos de 34,2ºC, em 15 de abril, e 34,3ºC, em 9 de maio.

Isso fez com que as concentrações de ozônio aumentassem na Cidade do México, que desde 1986 possui um sistema que mede os níveis de poluição.

O alerta mais longo foi declarado de 25 a 30 de maio de 1998, segundo registros históricos.