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Diabetes tipo 2: cientistas curam paciente com tratamento experimental em Xangai
Homem, cuja identidade foi preservada, tem 59 anos e tinha diabetes tipo 2 há 25 anos. Ele foi completamente afastado da insulina por 33 meses

Médicos de Xangai anunciaram que curaram pela primeira vez no mundo a diabetes de um paciente através de um tratamento experimental. Eles realizaram um transplante de células pancreáticas derivadas de células estaminais, ou seja, com capacidade de auto-renovação e divisão ilimitada reprogramadas e as injetaram novamente no pâncreas do homem.
O paciente, cuja identidade foi preservada, tem 59 anos e tinha diabetes tipo 2 há 25 anos. Ele foi completamente afastado da insulina por 33 meses (cerca de 3 anos), anunciou o Hospital Shanghai Changzheng.
Segundo o hospital, este é o primeiro caso relatado no mundo de um caso de diabetes com função de ilhotas pancreáticas gravemente prejudicada sendo curado por meio de transplante autólogo e regenerativo de ilhotas derivadas de células-tronco. Essas células produzem insulina, o hormônio responsável por controlar os níveis de glicose no sangue.
Yin Hao, principal pesquisador da equipe e diretor do Centro de Transplante de Órgãos do hospital, disse que eles usaram células mononucleares do sangue periférico do próprio paciente e as reprogramaram em células-tronco pluripotentes induzidas autólogas. Eles usaram a tecnologia que desenvolveram para transformá-las em “células-semente” e reconstituíram o tecido das ilhotas pancreáticas em um ambiente artificial.
“Nossa tecnologia amadureceu e ultrapassou limites no campo da medicina regenerativa para o tratamento do diabetes”, disse Yin, cuja equipe conduziu a pesquisa com cientistas do Centro de Excelência em Ciência de Células Moleculares da Academia Chinesa de Ciências.
O cientista disse que o paciente fez um transplante de rim em junho de 2017, mas perdeu a maior parte da função das ilhotas pancreáticas na cirurgia, e dependia de múltiplas injeções de insulina todos os dias. O homem então recebeu o novo transplante em julho de 2021. Onze semanas após a cirurgia, ele foi desmamado da insulina externa e a dose dos medicamentos orais para controle dos níveis de açúcar foi gradualmente reduzida e totalmente retirada um ano depois.
“Exames de acompanhamento mostraram que a função das ilhotas pancreáticas do paciente foi efetivamente restaurada e que sua função renal estava dentro da normalidade. Tais resultados sugerem que o tratamento pode evitar a progressão das complicações diabéticas”, disse Yin.
Um artigo sobre o avanço médico, alcançado após mais de uma década de esforços por uma equipe de médicos do hospital, foi publicado no site da revista Cell Discovery.
O diabetes representa uma séria ameaça à saúde humana. Especialistas disseram que o mau controle do açúcar no sangue durante um longo período pode levar a complicações graves, incluindo cegueira, insuficiência renal, complicações cardiovasculares e cerebrovasculares, além de amputações.
Situações de risco de vida também podem ocorrer devido ao coma hipoglicêmico e à cetoacidose, que ocorre quando o corpo começa a quebrar a gordura muito rapidamente.
A China é o país com a maior população de pacientes diabéticos. Estima-se que existem 140 milhões de pacientes com diabetes no país, dos quais cerca de 40 milhões dependem de injeções de insulina ao longo da vida, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes.
Especialistas disseram que pacientes com diabetes grave que lutam para controlar o açúcar no sangue só podem ser tratados de forma eficaz por meio de um transplante minimamente invasivo, que injeta tecido de ilhotas extraído do pâncreas de um doador.
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